Existencialistas

Talvez, amor
de certo Castor*,
assim não seja
e nem assim se veja:
"inútil paixão"
a caminho do Certo Não.

Quem sabe Sartre,
se por dádiva ou arte,
vista o "Existente"
outro trágico, mas decente,
ócio indiferente.

Quem sabe, Nizan,
não calce outro elã
e sobreviva
à falta do amanhã.

Quem sabe Kierkegaard,
não lhe seja tarde
para saber que seu acaso
é só um rio raso
que arrasta seu Viver Inautêntico
como se fosse um Capricho excêntrico.

Quem sabe se nesse triste fantoche
não desabroche
mais que a tola repetência
da Vida sem Essência.

Quem sabe Existencialistas,
se mais que títeres exibicionistas
não se torne o Sujeito
mais que um SER a ser feito?

Quem sabe Atená,
se o Saber não lhe seja mais efetivo
e seu andar menos cativo.
Quem sabe, Atená?
Quem saberá?

*Castor, carinhoso apelido de S.Beauvoir, dado por Sartre.

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Miércoles, Febrero 3, 2010 - 11:51

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fabiovillela

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Re: Existencialistas

Quem, sabe...
Quem, saberá?
:-)

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Re: Existencialistas

LINDO POEMA, GOSTEI MUITO!
Meus parabéns,
Marne

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