Existencialistas
Talvez, amor
de certo Castor*,
assim não seja
e nem assim se veja:
"inútil paixão"
a caminho do Certo Não.
Quem sabe Sartre,
se por dádiva ou arte,
vista o "Existente"
outro trágico, mas decente,
ócio indiferente.
Quem sabe, Nizan,
não calce outro elã
e sobreviva
à falta do amanhã.
Quem sabe Kierkegaard,
não lhe seja tarde
para saber que seu acaso
é só um rio raso
que arrasta seu Viver Inautêntico
como se fosse um Capricho excêntrico.
Quem sabe se nesse triste fantoche
não desabroche
mais que a tola repetência
da Vida sem Essência.
Quem sabe Existencialistas,
se mais que títeres exibicionistas
não se torne o Sujeito
mais que um SER a ser feito?
Quem sabe Atená,
se o Saber não lhe seja mais efetivo
e seu andar menos cativo.
Quem sabe, Atená?
Quem saberá?
*Castor, carinhoso apelido de S.Beauvoir, dado por Sartre.
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Comentarios
Re: Existencialistas
Quem, sabe...
Quem, saberá?
:-)
Re: Existencialistas
LINDO POEMA, GOSTEI MUITO!
Meus parabéns,
Marne