Afagos na Desilusão
Não temos culpa pelos teus atos impensados,
Ou tua maneira raivosa de nos olhar.
Fomos crianças de um amor
E até hoje não nos perguntamos se era verdadeiro.
Nossas lágrimas fechavam as feridas
E acalentavam o coração.
Será que manchavam sua alma ou a lavavam da dor?
Mas erámos crianças e sempre se acha um motivo para a felicidade.
Agora, que o tempo recaiu sobre teus ombros,
Carregamos, ainda, as cicatrizes do passado
E cuidamos dos nossos, como não cuidaste dos teus.
Lutamos contra a impaciência de ter você ao nosso lado, apesar dos anos suavizarem as marcas do passado.
Poderíamos dizer que te amamos
Mas seríamos hipócritas.
Mas quando a hora chegar, choraremos o teu último dia como crianças frágeis e abandonadas.
E ironicamente nos aliviaremos com a ausência que você nos faz.
Mas nos culparemos por nunca ter compreendido seus atos e seu olhar.
Por não ter coragem de perguntar se você era feliz, apesar de tudo.
Porque fomos egoístas, nos arrependeremos.
Porque somos egoístas, sofreremos.
1998.
Vou parar de revirar gavetas, quem sabe assim não acho mais essas surpresas... será que foi eu quem escreveu isso? Estava assinado por mim.... eu mudei tanto assim??? Caraca...
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Comentarios
Re: Afagos na Desilusão
Não pares nunca de revirar as gavetas, encontraste uma grande surpresa. É bom recordar... faz-nos crescer!
Gostei muito de ler "Afagos na Desilusão"
Obrigada :-)
Carla
Re: Afagos na Desilusão
É uma meditação que nos afaga com muita tristeza e realismo do que se passa em nosso redor, as cicatrizes do passado ainda se tornam mais difíceis de apagar!!!
:-)
Re: Afagos na Desilusão
LINDO POEMA, GOSTEI!
Por não ter coragem de perguntar se você era feliz, apesar de tudo.
Porque fomos egoístas, nos arrependeremos.
Porque somos egoístas, sofreremos.
Temos provas todos s dias do egoísmo do ser humano!
Meus parabéns,
Marne