Fantasia II - Respiro a vida

Laca no freio do sono,
o cremoso e esparso âmbar de esperança
e uma roda de espinhos
num canteiro de alfaces genuínas.
.
Borbulhar no palco electrificado,
insecticida rosa na falsa criatividade
de espaço em espaço
até ao ritmo do acompanhamento.
.
Plena sauna na frescura límpida,
papel de parede em verdes gestos
dimensionados na hidratação
do suspiro violento.
.
Um corredor imenso, sem fim.
A luz rígida na anatomia do corpo
que se prova ao pôr-do-sol,
ser injecção de adrenalina.
.
Encontro-me asa na turbulência
dividida num sonho agreste
sem poder impedir o despenhamento
dos dedos no vidro embaciado.
.
Rodopiam-se esquemas em nós de gravata,
desequilibram-se limbos de silêncio...
e no frágil tom de festa da ideia
respiro a vida por um anzol transparente.

rainbowsky

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Jueves, Julio 29, 2010 - 00:29

Poesia :

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rainbowsky

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Comentarios

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Re: Fantasia II - Respiro a vida

Rain,

Um poema de mil gumes.
E assim vou a respirar a vida como se o que me restasse fosse apenas um fio de cabelo em esperança.

Lindo

Bjo
Cecilia Iacona

Imagen de marialds

Re: Fantasia II - Respiro a vida

Linda poesia, uma fantasia que nos mil opções de interpretação.
Bem elaborada.

Imagen de Henrique

Re: Fantasia II - Respiro a vida

Encontro-me asa na turbulência
dividida num sonho agreste
sem poder impedir o despenhamento
dos dedos no vidro embaciado.
.
Rodopiam-se esquemas em nós de gravata...

De facto pouco ou nada nos resta!!!

Bem reflectido...

:-)

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