“Funesto”

Colhe passo de enseada,
De prata, bruma tombaria
No tardar da noite alada,
Madrugada fugidia…

Trecho estreito, romba ria
Chapada de luto, mareja
Cavo couro, loura vazia;
Campo de letra sobeja…

Que longa se cobre fugidia:
Lona de coima funestada…
Em termo, acorda dia;
Lenta, fica deitada.

Coma luz de enseada,
Ao crepúsculo choramingado;
Turba rumada, asseada:
Braço de noiva, enganado.

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Martes, Septiembre 14, 2010 - 22:47

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antonioduarte

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Comentarios

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Re: “Funesto”

Olá António,é com certa exaltação, que a tua poesia me trata; como se, as palavras, evocassem dentro de mim uma revolta que doi de alegria; por existir tanta beleza desataviada no expressar. Parabéns.

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