Emanatismo - Filosofia Sem Mistérios - Dicionário Sintético 48
EMANATISMO – tendência filosófica que, através de certo Panteísmo*, afirma que o (s) Universo (s) NÃO foi “Criado” por algum Deus e em certo momento. Não é, pois, uma “obra” que antes fora desejada, planejada e, depois, realizada pela divindade. Ao contrário, o (s) Universo (s) existe porque “naturalmente” emanou (saiu) de Deus, sem que para tanto Ele precisasse desejar, planejar e realizar. Grosso modo, pode-se ter um exemplo na Respiração: a aspiração e a expiração do ar é “naturalmente ou automaticamente” vinculada aos Seres Viventes. Ocorre independentemente de um desejo voluntário consciente. O termo “EMANAÇÃO” é de uso freqüente na Filosofia e por isso cremos ser oportuno abordar-lhe com mais detalhes. A palavra “Emanação” vem do latim “EMANATIO” e tem como característica básica ser diferente, ou oposta, ao conceito de “Criação”. A “emanação” é um Processo e não um “Ato Isolado”. E é através desse Processo que Deus (ou qualquer outro Ser criador) gera (ou produz, ou faz, ou fabrica etc.) os Seres e as Coisas que formam ou constituem o (s) Universo (s), sem que essa Produção ou Fabricação seja previamente desejada e planejada. Tampouco será interrompida. Contudo, como não há interrupção na geração, essa continuidade acabaria superlotando os respectivos habitat e, então, para que tal não aconteça, o Processo de Emanação prevê a substituição/transformação dos Seres e das Coisas geradas no transcorrer do Tempo. Isto é uma das formas em que se apresenta o DEVIR1. Quanto ao destino dos “Seres e Coisas Substituídas/Transformadas” as versões seguem a ideologia da doutrina sob a qual se estuda esse “Movimento Perpetuo”. No Bramanismo*, por exemplo, temos o Conceito da SAMSARA2 que é a idéia de que os Seres Finitos voltem (apenas como Almas ou Espíritos ou Consciência etc.) para o Infinito de onde saíram. E, depois, tornem a regressar ao Mundo Físico e, depois, novamente tornem a morrer num movimento circular que prevê um fim definitivo apenas para os Seres que cumpriram tantas etapas quanto foram necessárias para que se aperfeiçoassem. Já para a CABALA, os SEPHIROTS3 nascem (ou brotam, ou emanam) espontaneamente do “Absoluto”. Para os NEO-PLATÔNICOS, o Real ou a Realidade é formado pelas Emanações que brotam automaticamente do UNO. 1.DEVIR – literalmente, o “Movimento Perpétuo”. Conceito filosófico exarado pelo pré Socrático HERÁCLITO, para quem a única Coisa real (em essência) é o Movimento Universal. Tudo flui, tudo transcorre. É a Lei do Universo. Para melhor compreender podemos tomar como exemplo, embora imperfeito, a máxima de LAVOSIER: na natureza nada se cria, nada se perde. Tudo se transforma. Ou seja, se algo parecer Ser, nada verdade NÃO É, pois esse algo é apenas o produto de transformações (do movimento) e um dos elementos que também serão transformados no tempo. Para os crédulos, no SER humano apenas a Alma é real – que existe realmente -, pois o corpo físico será transformado com o tempo até que a transformação seja de tal sorte que paralise suas funções e ele se junte a outros elementos para formar “novas Coisas”. A alma preservada, porém, não ficará inerte, pois logo habitará outro corpo físico para que continue seu processo de aperfeiçoamento. Para que continue movimentando-se. Afinal, também ela está sob o domínio do DEVIR. 2.SAMSARA – a Roda de nascimento/morte. Sugiro consultar meu livro intitulado “Deusas e Deuses Hindus – Dicionário Sintético, no endereço abaixo: WWW.biblioteca24xx7.com.br 3.SEPHIROTS – fluxo de energia vital que anima os SERES.
Submited by
Prosas :
- Inicie sesión para enviar comentarios
- 5653 reads
other contents of fabiovillela
Tema | Título | Respuestas | Lecturas |
Último envío![]() |
Idioma | |
---|---|---|---|---|---|---|
Prosas/Otros | Schopenhauer e o Idealismo Alemão - Parte III - O Mundo como Ideia | 0 | 5.401 | 06/19/2014 - 20:09 | Portuguese | |
Prosas/Otros | Schopenhauer e o Idealismo Alemão - Parte II - Uma breve biografia | 0 | 6.846 | 06/17/2014 - 22:57 | Portuguese | |
Prosas/Otros | Schopenhauer e o Idealismo Alemão - Parte I - A origem do "Pessimismo" | 0 | 16.343 | 06/16/2014 - 00:38 | Portuguese | |
Poesia/Haiku | Ida | 1 | 4.635 | 06/14/2014 - 18:26 | Portuguese | |
Poesia/Amor | Tatuagem | 0 | 3.751 | 06/14/2014 - 17:48 | Portuguese | |
Poesia/Dedicada | Thyago | 1 | 3.616 | 06/13/2014 - 21:18 | Portuguese | |
![]() |
Fotos/Personal | Sarau na Casa Dell´Arte, em Campinas SP | 0 | 10.233 | 06/13/2014 - 16:35 | Portuguese |
Poesia/Amor | Olhares | 1 | 2.017 | 06/10/2014 - 04:27 | Portuguese | |
Poesia/Amor | Verdes | 2 | 2.371 | 06/07/2014 - 20:40 | Portuguese | |
Prosas/Otros | Idealismo Alemão - Parte XII - Temas de Filosofia | 0 | 5.119 | 06/07/2014 - 20:37 | Portuguese | |
Prosas/Otros | Idealismo Alemão - Parte XI - Temas de Filosofia | 0 | 4.664 | 06/05/2014 - 16:00 | Portuguese | |
Prosas/Otros | Idealismo Alemão - Parte X - Temas de Filosofia | 0 | 6.857 | 06/03/2014 - 22:26 | Portuguese | |
Poesia/Tristeza | Esquecer | 2 | 3.184 | 06/03/2014 - 01:22 | Portuguese | |
Poesia/Amor | Rever-te | 4 | 1.977 | 05/31/2014 - 01:35 | Portuguese | |
Poesia/Amor | Fim | 1 | 3.720 | 05/27/2014 - 21:42 | Portuguese | |
Prosas/Otros | O Idealismo Alemão - Parte VIII | 0 | 4.452 | 05/26/2014 - 16:33 | Portuguese | |
Poesia/Amor | O Perdão | 2 | 1.216 | 05/25/2014 - 22:36 | Portuguese | |
Prosas/Otros | O Idealismo Alemão - Parte VII (Inclui glossário) | 0 | 4.234 | 05/23/2014 - 21:39 | Portuguese | |
Prosas/Otros | Idealismo Alemão - Parte VI - Temas de Filosofia | 0 | 11.856 | 05/22/2014 - 15:15 | Portuguese | |
Prosas/Otros | O Idealismo Alemão - Parte V | 0 | 5.348 | 05/20/2014 - 15:33 | Portuguese | |
Prosas/Otros | O Idealismo Alemão - Parte IV | 0 | 6.458 | 05/17/2014 - 16:27 | Portuguese | |
Poesia/Amor | Ibéria | 0 | 3.106 | 05/16/2014 - 13:44 | Portuguese | |
Prosas/Otros | O Idealismo Alemão - Parte III | 0 | 4.258 | 05/14/2014 - 22:31 | Portuguese | |
Poesia/Amor | Sentir | 0 | 2.888 | 05/14/2014 - 02:12 | Portuguese | |
Poesia/Amor | Mães | 0 | 1.612 | 05/11/2014 - 16:53 | Portuguese |
Add comment