Poesias Inéditas - Deixa-me ouvir o que não ouço...

Deixa-me ouvir o que não ouço...

Deixa-me ouvir o que não ouço...
Não é a brisa ou o arvoredo;
É outra coisa intercalada...

É qualquer coisa que não posso
Ouvir senão em segredo,
E que talvez não seja nada...

Deixa-me ouvir... Não fales alto !
Um momento !... Depois o amor,
Se quiseres... Agora cala !

Tênue, longínquo sobressalto
Que substitui a dor,
Que inquieta e embala...

O quê? Só a brisa entre a folhagem?
Talvez... Só um canto pressentido?
Não sei, mas custa amar depois...
Sim, torna a mim, e a paisagem

E a verdadeira brisa, ruído...
Vejo-me, somos dois...

Fonte: http://www.secrel.com.br/jpoesia/fpesso.html

Submited by

Jueves, Septiembre 24, 2009 - 18:00

Poesia Consagrada :

Sin votos aún

FernandoPessoa

Imagen de FernandoPessoa
Desconectado
Título: Membro
Last seen: Hace 14 años 22 semanas
Integró: 12/29/2008
Posts:
Points: 745

Add comment

Inicie sesión para enviar comentarios

other contents of FernandoPessoa

Tema Título Respuestas Lecturas Último envíoordenar por icono Idioma
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Enfia a agulha 0 1.405 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Entre o luar e o arvoredo 0 1.159 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Entre o sossego e o arvoredo 0 1.217 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Epitáfio Desconhecido 0 955 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Era isso mesmo 0 1.053 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Eram Varões Todos 0 1.141 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - É um campo verde e vasto 0 1.288 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Eu 0 842 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Eu amo tudo o que foi 0 1.011 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Eu me resigno. Há no alto da montanha 0 1.198 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Eu tenho idéias e razões 0 1.527 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Exígua lâmpada tranqüila 0 808 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Falhei. Os astros seguem seu caminho 0 907 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Doze signos do céu o Sol percorre 0 1.783 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Durmo, cheio de nada, e amanhã 0 845 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Durmo. Regresso ou espero? 0 1.184 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - E a extensa e vária natureza é triste 0 924 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - É boa ! Se fossem malmequeres ! 0 1.196 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - O Louco 0 1.023 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Eh, como outrora era outra a que eu não tinha ! 0 779 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - É Inda Quente 0 906 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - E ou jazigo haja 0 896 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - É uma brisa leve 0 1.028 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - E, ó vento vago 0 647 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Em outro mundo, onde a vontade é lei 0 1.133 11/19/2010 - 16:55 Portuguese