Cancioneiro - A alcova

A alcova

Desce não se por onde
Até não me encontrar.
Ascende um leve fumo
Das minhas sensações.
Deixo de me incluir
Dentro de mim. Não há
Cá-dentro nem lá-fora.

E o deserto está agora
Virado para baixo.

A noção de mover-me
Esqueceu-se do meu nome.
Na alma meu corpo pesa-me.
Sinto-me um reposteiro
Pendurado na sala
Onde jaz alguém morto.

Qualquer coisa caiu
E tiniu no infinito.

Fonte: http:// www.ciberfil.hpg.ig.com.br

Submited by

Martes, Septiembre 29, 2009 - 17:08

Poesia Consagrada :

Sin votos aún

FernandoPessoa

Imagen de FernandoPessoa
Desconectado
Título: Membro
Last seen: Hace 13 años 46 semanas
Integró: 12/29/2008
Posts:
Points: 745

Add comment

Inicie sesión para enviar comentarios

other contents of FernandoPessoa

Tema Título Respuestas Lecturas Último envíoordenar por icono Idioma
Poesia Consagrada/General Cancioneiro - Às vezes entre a tormenta 0 634 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Cancioneiro - Atravessa esta paisagem o meu sonho 0 892 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Cancioneiro - Autopsicografia 0 789 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Cancioneiro - (?) Azul ou verde ou roxo 0 726 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Cancioneiro - Baladas de uma outra terra 0 928 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Cancioneiro - Bate a luz no cimo... 0 677 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Cancioneiro - Brilha uma Voz na Noute ... 0 830 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Cancioneiro - Canção 0 606 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Poemas dos Dois Exílios - Vendaval 0 438 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Poemas dos Dois Exílios - Vou com um passo como de ir parar 0 672 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Cancioneiro - Abat-Jour 0 1.026 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Cancioneiro - Abdicação 0 515 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Cancioneiro - Abismo 0 665 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Cancioneiro - A Grande Esfinge do Egito 0 605 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Cancioneiro - A minha vida é um barco abandonado 0 578 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Cancioneiro - A morte chega cedo 0 1.094 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Cancioneiro - Andei léguas de sombra 0 389 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Cancioneiro - A alcova 0 870 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Cancioneiro - Ao longe, ao luar 0 737 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Poemas dos Dois Exílios - Quanta mais alma ande no amplo informe 0 1.221 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Poemas dos Dois Exílios - Que suave é o ar! Como parece 0 622 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Poemas dos Dois Exílios - Relógio, morre 0 823 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Poemas dos Dois Exílios - Se alguém bater um dia à tua porta 0 627 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Poemas dos Dois Exílios - Se tudo o que há é mentira 0 809 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Poemas dos Dois Exílios - Sim, tudo é certo logo que o não seja 0 1.251 11/19/2010 - 16:55 Portuguese