ÚLTIMO SILÊNCIO

ÚLTIMO SILÊNCIO

Havia um olhar pousado na estrada,
Tão vago como o próprio espaço,
Tão manso como um inerte cansaço,
No silêncio de uma consciência indecifrada.

-No infinito desse caminho tristonho,
Há um túmulo, uma rosa e uma vela.
Talvez então seja tudo por ela,
Esse tão lírico drama que suponho.

-E lá, tão deitada eternamente
Entre tantos desconhecidos mortais,
Vive (em último silêncio) a causa do olhar ausente.

Havia... havia um olhar distante...
Há agora, (depois de angústias sem fim)
Outro túmulo, uma vela, uma rosa... sobre um corpo amante. Cláudio Silva

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Martes, Diciembre 8, 2009 - 18:01

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