( Mãe ) Minha Eterna Heroína
Sei que nem sempre fui aquilo que esperavas que eu fosse. Desiludo-te. Existem feridas no teu peito e algumas delas fui eu que abri. Não de forma deliberada mas por não reflectir nas atitudes que tomava. Perdoa-me.
Confundo-me com a noite. Hoje estou de luto, pelas vezes que com palavras e acções matei a alegria que sentias.
O pesar bateu á minha janela. Deixei-o entrar. Agarrada a ele veio a amargura. Sentado nesta cadeira, rodeado por este quarto escuro, escrevo o que a reflexão me diz.
Perdoa-me. Perdoa-me por nem sempre estar à altura do que tu realmente mereces. Perdoa-me pelas noites, que chateada comigo, abraças-te e por não ser o orgulho que tu sonhavas ter. Perdoa-me por tantas dores de cabeça te ter dado. Perdoa-me pela rosa espinhosa que me tornei, que feria as mãos que a seguravam e que, apesar disso, nunca a largaram. Perdoa-me pelas lágrimas que deixas-te cair, em noites que não dormias, á espera de me sentires chegar e adormecer. Perdoa-me. Perdoa-me.
Mesmo assim, sempre me amaste. Mesmo assim, sempre me amas. Amas-me independentemente das minhas quedas, independentemente dos meus erros. Amas-me por ser o que sou. Amas-me. Amo-te. Amo-te, pelos dias que lutas-te, e que lutas, para que o mundo não molde a edução que sozinha criaste em mim. Amo-te, pela luta que tiveste para que eu nunca me perdesse nos tantos caminhos ilusórios que a vida nos traça. Amo-te, pelas repreensões que me deste, devido à minha rebeldia, visando sempre o meu melhor. Amo-te, por me protegeres e ainda colocares sobre mim a tua asa, apesar de eu ter crescido. Amo-te, pela coragem com que sempre enfrentas-te as vicissitudes da vida. Amo-te, por não deixares que os teus passos fossem o espelho e os meus o seu reflexo. Amo-te, pelas vezes que sofreste e não deixaste que esse sofrimento me atingisse. Amo-te, por em tantos momentos abdicares da tua vida para veres raiar um sorriso no meu rosto e no da minha irmã. Amo-te, por esta luta que sozinha travas-te à qual chamo “Pedrinho”, a “Catarina” não será tão difícil assim. Amo-te, por me teres carregado no teu ventre e sempre me teres lisonjeado com o teu amor. Amo-te, porque não há outra palavra para definir o que eu sinto por ti. Amas-me por ser teu filho. Amo-te por seres minha mãe. Amo-te!
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