R E E N C O N T R O

do estupor
a um susto
despertou
abespinhado
para a vida

sonolento,
vago,
descortinou
o que via

em suas parcas
palavras ocas
tentou expressar
o que sentia

e nos sussurros
de suas dores
íntimas
brotaram lágrimas

filetes d´àgua
não comoviam
os que passavam
dele riam

e a necessidade,
real, dolorida,
presente, intensa,
cobrava atitudes

e numa folha
rascunhou anseios
desejos e medos
brotou sentimentos

emoções não vendem
apascentam
a escassez da alma,
não trazem alimentos

o corpo reclama
mais que lamentos
tem sede, tem fome,
delírios em tormentos

ineficaz temática
lavras soltas
versos rotos
não bastavam

pôs a indumentária
socialmente aceita
fêz-se compenetrado
seguindo a multidão

conseguiu uma vaga
um título, profissão
da janela do edifício
vê as coisas, em asas

e na imaginação
recupera a sua lira
há tempos desprezada
pelo terno e a gravata

em sonhos,
devaneios,
reencontra
sua jornada...

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Martes, Enero 19, 2010 - 13:27

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