Quimeras

Sentimentos assaltam o espírito moribundo
Presságios inteligíveis figuram em céu aberto
Seres cruzam os mares e terra
O hábito nocturno cessa no dia o seu cumprimento
Alquimistas perseguem utopias,
que habitam nos escombros do sonho
Paredes espessas e frágeis
realizam a separação das almas separadas
Entidades futuristas,
destruidoras de um passado rejuvenescedor
Átrios esvaziados
levados ao epicentro da desvalorização,
por valores acrescentados
Aloquetes imaginários sentidos,
quando presos a um esforço humano
Lendas, fábulas e contos
esperneiam o escárnio do seu mundo real subjacente
Dono das trevas, que possuído,
escorre um prazer masoquista
Atlas caótico
de um universo, hipocritamente, perfeito
Homem nu,
despido de perjúrios e preconceitos
Nostalgia ferida por um orgulho perdido
E, sentada, não reflicto,
apenas sinto, pressinto
Enojo inospitamente o que serei
mas até que o vómito da angústia me corrompa
eu sou eu!