armadura

Tenho vontade de te deixar
Mas não te posso abandonar.
Desejo em te possuir
Mas quero ver-te partir.

Tens tanto para me dar
E eu para te entregar
Mas um muro a interromper
Tanto que podíamos fazer

Suporto a dureza do teu jogo
Mas acho que não venha a ter fim.
Não sei o que esperas ganhar
Ou o que receias perder.

É claro que fazes doer
E seja essa a tua intenção.
Embora eu possa tanto querer
Jamais será teu o meu coração.

Aspiras um homem de sonho
Mas só vais ter a ralé dos homens
Pois usas o que tens de pior
E recusas-te a entregar pelo melhor

Conquistas pela luxúria do teu corpo
Mesmo usando ásperas palavras.
Não sabes como conquistar
Pela verdadeira beleza do que te faz.

É a gargalhada do teu sadismo
A tristeza da tua depressão.
Pensares ter o mundo na mão
Quando apenas mais um reles te usou.