Clashtrofobia

Londres já não chama

Ninguém parte e ninguém fica
Não se rocka ou se fornica
Não há moca
Não há pica
A doca é só p'ra gente rica
É louca a louca que adocica
A branca cal da apatia
Que o homem negro policia
Como um carneiro sem fé
Como um marujo sem maré
Levado por um braço de agonia

Não se abalam madrassas
Não se chocam as massas
Não se unem as raças
Ninguém parte passageiro
Nem ama como um cão rafeiro
Foi-se o mosh
Veio o posh
E ninguém foge
E não há voz
E julgo eu
Não estar errado
Ele não morreu
Foi assassinado

Bem nos tinham avisado
Sobre os homens de família
Que à mínima quezília
Nos fecham em censura
Por uma zoociedade mais pura

Bem nos tinham avisado
Que eles não nos devem uma vida
Que ela é nossa, e merecida
E que o sistema só ajuda
Quem por ele se iluda

Londres já não chama
Londres já não te chama
Londres já não tem chama

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Domingo, Abril 6, 2008 - 02:39

Poesia :

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Comentarios

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Re: Clashtrofobia

O poeta é infinito
e a magia aparece nas palavras naturalmente…

:-)

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