Na Pressa de Chegar
Na pressa de Chegar
(do nada)
O vento revirado avistou alguém nas estradas
De multi-centenário pó
Este alguém julgava ser incapaz, na véspera,
De caminhar esfarrapado e morrer sem dele próprio
Ter do mais ruim senão igual dó.
Soprou-lhe as feridas num prado de erva-de-são-roberto,
Junto a um riacho imperfeito e feito das escuras penas
Como quem lava leve rasto de si e impróprio.
Desamarrou-lhe dos costados os estrambólicos fardos
Para que descobrisse noutros sopros
Outros palcos destas ou doutras crenças
Revisitadas por velhos ventos sagradas
Descritos nos “Oráculos dos templos”
O vento revirado avisto-o de novo nas estradas
Mas agora já sem vulgares rumores por perto.
Jorge Santos
(2010/09)
Submited by
Jueves, Diciembre 16, 2010 - 22:54
Poesia :
- Inicie sesión para enviar comentarios
- 2663 reads
other contents of Joel
Tema | Título | Respuestas | Lecturas | Último envío | Idioma | |
---|---|---|---|---|---|---|
Ministério da Poesia/Aforismo | Inquilino | 0 | 3.506 | 11/19/2010 - 19:13 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/Aforismo | Pietra | 0 | 4.457 | 11/19/2010 - 19:13 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/Aforismo | não cesso | 0 | 3.954 | 11/19/2010 - 19:13 | Portuguese |
Add comment