“Endiabrando”

Cepa velha de casta digna

Vinho de casto malhado

Seja quem diga que o diga

Veneno há cria do diabo

Só o sangue da cor ordenada

Arrasta o corpo, da mesma cor riscado

Destilaria de suor, cor de enxada

Adormece dorso de traço marcado

Acorda ao vento, licor do tempo queimado

Fio de aço de quente espigado

Sangue de fio ao aço perdido

Olaria ao barro amassado

Terra há terra de corpo entendido…

Ruge ao alto da vidraça

Lírico toco, vestido de prado

Lágrima do campo, caldeia sagrada

Lamúria,

Vento lento de destino ordenado

Cor ao sangue da cor chamado

Em tudo, pouco que seja, ou nada;

Endiabrando,

Lua aberta de mar beijada.

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Viernes, Diciembre 17, 2010 - 02:02

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antonioduarte

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