Vinte e Quatro Horas

Se você pensa que vai ler um texto sobre Jack Bauer, sinto muito.
São devaneios sobre vinte e quatro horas, mas não as da vida de um agente americano.
São devaneios que só os sonhadores entendem.
Me peguei imaginando como seria a vida de uma rainha no Egito.
Seriam vinte e quatro horas enfadonhas? Entediantes? Terrivelmente monótonas? A que horas ela acordava?
Sem compromisso com trabalho, com louça, com filhos para mandar à escola; acho que acordava na hora em que bem quisesse. Afinal, o sono de beleza devia ser fundamental.
Serviçais sempre à disposição, prontos para atender qualquer desejo, sem questionamento, sem confrontos, sem discordâncias.
Sempre concordando... sim, minha Rainha!
Escravos abanando no calor, aquecendo no inverno...todos eunucos.
Enfadonho! (?)
Horas arrastando-se, o sol movendo-se através do céu egípcio, aquecendo as águas do rio Nilo, crocodilos indo e vindo, eventualmente...
Finalmente, chega a hora do banho!
Sem shampoo, mas pelo menos, diz a história que as mulheres egípcias tomavam vários banhos por dia (nossa!), com massagens e óleos aromáticos, que ficavam impregnados na pele. Deviam ser mulheres cheirosas...diz a história também que uma das receitas egípcias para combater as rugas recomendava preparar uma pasta a base de leite, incenso, cera, azeite de oliva e esterco de gazela. Ah, certo... está explicada a necessidade de tanto banho e tanto óleo aromático.
Ao menos, tinham toalhas felpudas para se enxugarem?! Água quente, por favor!!
Sem internet, sem um laptopzinho básico, um ipod ou mp3, com as músicas mais tocadas no Alto Egito, a rainha não experimentava nenhuma agitação, exceto as de praxe, quando morria alguém importante e era mumificado.
Sem livros, sem revistas da moda...a henna era a solução milagrosa para os cabelos brancos, afinal, rainha egípcia também envelhece, oras!
Em um dia mais metódico, magos e encantadores podiam ser convocados para ajudarem a passar o tempo.
Seria a senhora do Egito, a Rainha, uma mulher feliz?
Cleópatra não foi. Suicidou-se, picada por uma víbora! Essa foi de matar...
Ambiente cheio de intrigas, mistérios, traições...
Em seus aposentos, a rainha ainda aguentava o mau humor do marido, o senhor do Egito, o rei. Se fosse ciumento e cismasse com alguma coisa, mandaria cortarem-lhe a cabeça, para perguntar qualquer coisa depois. Pior que nem o lexotan existia...
É...talvez fossem vinte e quatro horas de sobrevivência e muita aventura; não foram raros os rompantes de paixões dessas rainhas, pois nem sempre o rei ocupado com tantas estratégias de guerra para manter o poder, tinha tempo de cuidar das necessidades da esposa.
Enquanto a noite era considerada apropriada para o descanso dos mortos, a rainha agia.
Afinal, ela ainda estava bem viva!
Até quando? Só Rá sabia...

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Jueves, Mayo 1, 2008 - 21:53

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Cbanegas

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As emoções são a realidade da escrita!

:-)

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