“Boca primitiva”
Fui abrir a rosa dos tempos
Para fazer um poema
Tempestades, sabichões e ventos
Palavras, em cada frase um dilema
Ó…
Naufrágio sobre o corpo
Anseio de goela no ferro da solidão
Complemento de mortalha, tempero louco
Silêncio cozinhado no coração
Ó…
Embalo nas cinzas do tempo
O acordar de um novo dia
Que se arrasta de mar, com seu incenso
Como um paladar de alegria
Queda-se silêncio disfarçado de carrasco
Aceno cansado, jeito de comitiva
Serventia de corrimão em castelo desfardado
A bordo, passageiro, boca primitiva.
***
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Sábado, Enero 15, 2011 - 04:34
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Comentarios
Um poema maravilhoso
Um poema maravilhoso !!!!!!!!
Beijos
Susan
Obrigado minha amiga, Beijo
Obrigado minha amiga,
Beijo para ti também.
tempero louco
Este é daqueles que guardo na minha lista de favoritos para ler mais vezes!!!
Fabuloso!!!
"Queda-se silêncio disfarçado de carrasco" GENIAL!!!
Abraço
Por vezes as pessoas más, não
Por vezes as pessoas más, não são assim tão más: Disfarçam-se, no silêncio dos seus medos.
Obrigado Henrique
Um abrço.
serventia de corrimão
Poema muito belo e sentido.
...é a boca primitiva da nossa alma...
silenciosamente reptícia e solitária.
Abraço.
Sim, eu mesmo adorei e
Sim, eu mesmo adorei e continuo na boca do tempo.
Obrigado
Abraço.