Jaz

Se houvesse um epitáfio
alguém escreveria:
morreu de beleza.
Da sofrida certeza
de apagar
ao luar.

E pensar que antes
seus quereres não
duravam instantes.
Que tudo era seu,
que o Mundo era seu.

E pensar que a tantos abrigou,
que a tantos alegrou...
Vi-lhe há pouco:
saco de miséria,
de desgosto.                                                                                                                                                                                                                                                           Senti-a há pouco:
abandono de choro rouco,
esgasgado.


E pensar que queriam sua boca,
que desejavam seu corpo,
seu sorriso meio torto...

tão triste meu Deus...

Submited by

Lunes, Febrero 14, 2011 - 19:46

Poesia :

Sin votos aún

fabiovillela

Imagen de fabiovillela
Desconectado
Título: Moderador Poesia
Last seen: Hace 8 años 20 semanas
Integró: 05/07/2009
Posts:
Points: 6158

Comentarios

Imagen de MarneDulinski

JAZ

fabiovillela!

 

Lindo e interessante seu texto!

Outro dia estava pensando, quanta aversão que temos por isso, por aquilo, higienes exageradas, etc.

Depois somos jogados numa cova, e vamos conviver com os vermes, com a impureza, com a podridão, com maus odores,que

tanto repugnamos!

É a vida, temos que aproveitá-la aqui e agora, e deixarmos até os epitáfios para depois!

Meus parabéns,

MarneDulinski

Add comment

Inicie sesión para enviar comentarios

other contents of fabiovillela

Tema Título Respuestas Lecturas Último envíoordenar por icono Idioma
Videos/Poesía As Cidades e as Guerras - A Canção de Saigon 0 14.447 11/20/2014 - 14:05 Portuguese
Videos/Poesía As Cidades e as Guerras - A Canção de Bagdá 0 17.961 11/20/2014 - 14:02 Portuguese
Videos/Poesía As Cidades e as Guerras - A Canção de Sarajevo 0 15.275 11/20/2014 - 13:58 Portuguese
Poesia/Dedicada Negra Graça Poesia 0 2.117 11/20/2014 - 13:54 Portuguese
Prosas/Otros Rousseau e o Romantismo - Final - O Contrato Social 0 4.117 11/19/2014 - 20:02 Portuguese
Poesia/Dedicada A Pedra de Luz 0 3.073 11/18/2014 - 14:17 Portuguese
Poesia/Amor Chegada 0 3.018 11/16/2014 - 14:33 Portuguese
Prosas/Otros Rousseau e o Romantismo - Parte XIX - A Liberdade Civil 0 3.587 11/15/2014 - 21:04 Portuguese
Prosas/Otros Rousseau e o Romantismo - Parte XVIII - A teoria da Vontade Geral 0 5.227 11/15/2014 - 21:01 Portuguese
Poesia/Dedicada Partidas 0 2.772 11/14/2014 - 15:13 Portuguese
Prosas/Otros Rousseau e o Romantismo - Parte XVII - A transição para a Liberdade Civil 0 4.769 11/14/2014 - 14:06 Portuguese
Poesia/Amor Diferenças 0 2.030 11/13/2014 - 20:25 Portuguese
Prosas/Otros Rousseau e o Romantismo - Parte XVI - A Liberdade Natural 0 3.493 11/12/2014 - 13:46 Portuguese
Poesia/Amor Tramas 0 2.554 11/11/2014 - 00:47 Portuguese
Poesia/General A mulher que anda nua 0 3.075 11/09/2014 - 15:08 Portuguese
Prosas/Otros Rousseau e o Romantismo - Parte XV - Emílio e a pedagogia rousseauniana 0 8.795 11/09/2014 - 14:21 Portuguese
Prosas/Otros Rousseau e o Romantismo - Parte XIV - A transição para o Estado de Civilização 0 2.704 11/08/2014 - 14:57 Portuguese
Prosas/Otros Rousseau e o Romantismo - Parte XIII - O homem no "Estado de Natureza" 0 3.891 11/06/2014 - 21:00 Portuguese
Prosas/Otros Rousseau e o Romantismo - Parte XII - As Artes e as Ciências 0 2.077 11/05/2014 - 18:47 Portuguese
Prosas/Otros Rousseau e o Romantismo - Parte XII - A Religião 0 5.080 11/03/2014 - 13:58 Portuguese
Poesia/General Os Finados 0 1.268 11/02/2014 - 14:39 Portuguese
Prosas/Otros Rousseau e o Romantismo - Parte XI - O amor e o ódio 0 3.555 11/01/2014 - 14:35 Portuguese
Poesia/General A Canção de Bagdá 0 2.873 10/31/2014 - 14:04 Portuguese
Prosas/Otros Rousseau e o Romantismo - Parte X - As grandes linhas do Pensamento rousseauniano 0 2.680 10/30/2014 - 20:13 Portuguese
Prosas/Otros Rousseau e o Romantismo - Parte IX - A estada na Inglaterra e a desavença com Hume 0 3.083 10/29/2014 - 13:28 Portuguese