Caminho decíduo (Ainda...)

Se eu fosse procurado vivo ou morto
Haveria boas razões para que os outros me amassem.
Mas, se os ventos se voltassem por meu corpo,
Talvez as pontes do destino me segurariam
E toda a dor da solidão eu finalmente aprenderia.

O som do teu silêncio ainda vela por minha vida
(Eu me alegro porque sei que estive aí...)
O amor dos teus abraços vem, me contagia
Se é que ainda posso me esconder entre os teus lábios,
Se é que ainda posso me valer dos teus cuidados.

E uma noite se transforma numa vida...
E um momento se comporta
Como se fosse eternidade...
Nos absurdos que é o meu dia
Submerso no escuro;
Ao veredicto que é a fila
Esvaída em teu segundo.

Segundo que eu dedico a tuas risadas.
Minuto recheado por sessenta gargalhadas
Nos quais as mágoas que eu guardo
Sempre deixam de nascer;
Nos quais as dores que eu sinto
Se esquecem de me ver.

Sofrimentos e prisões contaminam a realidade
E são por essa voz, dessarte,
Contagiados, corroídos.
Armamentos, corações me apresentam liberdades
Entrelaçam-se em parte
Pelas ruas do caminho...

(Se houvesse mais caminhos...)

Tal caminho não pertence mais a mim.

O caminho que eu tomo a ir embora
Tem por meta me levar ao lar feliz,
Mas eu choro, me revolto feito espora
Pois o lar que julgo meu é junto a ti.

Não entendo por que o mundo nos separa
Não entendo por que o rumo nos maltrata.
Sei o quanto fazes falta em meus momentos...
Sei o quanto fazes falta aos meus receios...
Mas eu sei, por outro lado,
Que ainda vamos nos fundir eternamente.

Ainda sei, por mais que não pareça:
Nossa força fluirá perfeitamente
Pelas curvas do futuro mais que certo,
Pelas curvas do horizonte semi-aberto.

Hey, amor!
Que dês o teu sorriso que adoro.
Que dês o meu abrigo — eu imploro...

(Olha o horizonte!
Olha a aurora boreal!)

Hey, amor!
Eu te amo mais que tudo o que existe
E te espero mais que a tudo o que me assiste.
Pois sou teu e tu és minha
Sabe: o meu coração eu dou
Sabe: comigo jamais estás sozinha.

Submited by

Domingo, Febrero 27, 2011 - 23:26

Poesia :

Sin votos aún

Caio Vinícius Reginaldo de Souza

Imagen de Caio Vinícius Reginaldo de Souza
Desconectado
Título: Membro
Last seen: Hace 14 años 6 semanas
Integró: 02/21/2011
Posts:
Points: 481

Add comment

Inicie sesión para enviar comentarios

other contents of Caio Vinícius Reginaldo de Souza

Tema Título Respuestas Lecturas Último envíoordenar por icono Idioma
Poesia/Pensamientos Via Láctea 1 710 03/01/2011 - 15:22 Portuguese
Poesia/Pensamientos Neurótico escaleno 1 536 02/28/2011 - 21:25 Portuguese
Poesia/Tristeza Perdoa-me, beldade minha 0 1.066 02/28/2011 - 20:06 Inglés
Poesia/Canción Do lado de Lá 0 461 02/28/2011 - 00:05 Portuguese
Poesia/Amor Daqui a pouco... 0 501 02/28/2011 - 00:04 Portuguese
Poesia/Amor Desconstrução 0 413 02/28/2011 - 00:04 Portuguese
Poesia/Canción Bachianna 0 528 02/28/2011 - 00:02 Portuguese
Poesia/Tristeza Pra mim 0 527 02/27/2011 - 23:58 Portuguese
Poesia/Amor Sorriso na voz 0 493 02/27/2011 - 23:57 Portuguese
Poesia/Amor Passado em paralelo 0 505 02/27/2011 - 23:57 Portuguese
Poesia/Amor Castelo de cartas 0 604 02/27/2011 - 23:56 Portuguese
Poesia/Pensamientos Israel à Palestina 0 499 02/27/2011 - 23:55 Portuguese
Poesia/Pensamientos Estrada 0 579 02/27/2011 - 23:55 Portuguese
Poesia/Comedia Hey, vovô 0 585 02/27/2011 - 23:54 Portuguese
Poesia/Tristeza Três minutos 0 535 02/27/2011 - 23:53 Portuguese
Poesia/Amor Rasgar de cartas 0 511 02/27/2011 - 23:52 Portuguese
Poesia/Amor Chancelas 0 437 02/27/2011 - 23:51 Portuguese
Poesia/Amor Potes de remédio e papel de chocolate 0 598 02/27/2011 - 23:50 Portuguese
Poesia/Pensamientos Cão sacrificado 0 629 02/27/2011 - 23:48 Portuguese
Poesia/Tristeza Falta de ar 6815 0 607 02/27/2011 - 23:47 Portuguese
Poesia/Pensamientos Inspiração 0 482 02/27/2011 - 23:47 Portuguese
Poesia/Pensamientos Amor subliminar 0 770 02/27/2011 - 23:45 Portuguese
Poesia/Canción Noite % 0 642 02/27/2011 - 23:44 Portuguese
Poesia/Tristeza Traição 0 357 02/27/2011 - 23:42 Portuguese
Poesia/Pensamientos Ditadura 0 502 02/27/2011 - 23:42 Portuguese