A praça morta

Uma praça sem coreto
Não tem esperança de música
Nunca atrairá nada de puro.

Por de trás das ogivas sacras
Não há mais santos
Pecadores em confissão
Carolas
Divindades
Não há nada que não seja humano

Seu herói
Eternizado pela verdade que voa pelas bocas
No tempo
Rico pelo bronze
Descalço pela humildade
É só mais um estranho
Que anda sem destino
Que disputa espaço
Com palmeiras
Camelôs
Policiais
Com a podridão em forma de pássaros.

Seus anjos
Foram devorados pela pressa
Pressa em passar
Em crescer
Em ser
Em ser percebido
Percebido pela multidão
Multidão que passa quieta
Quieta e rápida
Rápida e sem fim
Sem um fim.

Ah,
A beleza das putas
A sem-graçisse dos funcionários numerosos
O cão coitado, que é mais amado que as coitadas das crianças sujas
O pastor apocalíptico
Vagabundos
Desempregados
Golpistas
O progresso escondido debaixo da terra...

Marco zero
Marcas do progresso
Zero a esquerda


Céus!
Que inferno  

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Sábado, Marzo 19, 2011 - 20:51

Poesia :

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André Alves Braga

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