“TEMPERA-ME”

Tempera-me com tua vontade alada

Arranca do meu peito o fogo queimado

Que já me tenha a mágoa saldada

Por um sentimento de novo encontrado

Que rompas de mim, varão encalhado

O vago desejo de ser encontrado…

 

Quando procuro no meu vazio

A têmpera do entendimento

Ao tempo do velho rodopio

Vozes castradas, despejadas no vento

Que ali arrumo silêncios vexados

Já, para que não ceguem ligados…

 

Quantos dos teus, me são vidrados

Transparecendo em mão de profeta

Quando da Alma, os versos proclamados

Se fazem Eleitos na voz do poeta

Tempera-me ao peito da mansidão

E de mim faz corda de violão…

***

Submited by

Miércoles, Abril 20, 2011 - 22:44

Poesia :

Sin votos aún

antonioduarte

Imagen de antonioduarte
Desconectado
Título: Moderador Poesia
Last seen: Hace 3 años 34 semanas
Integró: 01/09/2010
Posts:
Points: 2570

Comentarios

Imagen de MarneDulinski

“TEMPERA-ME”

Lindo poema, gostei muito!

Destaco os versos abaixo

"Quando da Alma, os versos proclamados

Se fazem Eleitos na voz do poeta

Tempera-me ao peito da mansidão

E de mim faz corda de violão…"

Meus parabéns,

MarneDulinski

Imagen de antonioduarte

Agradeço amigo

Agradeço amigo Marne,

"Quantos, daqueles que por esta vida passaram, que marcaram as transparências da suas Almas, voltam a renascer na mão de novos poetas e assim:

"Quando, da Alma, os versos proclamados

Se fazem Eleitos na voz do poeta..."

Peço, então, como quem fala para esses imortalizados:

"Tempera-me ao peito da mansidão
E de mim faz corda de violão…"
 

Muito bom! Eu mesmo adorei o iluminado que trouxe até mim o sensível de tamanha proeza.

- Não quero ser presunçoso ao elogiar o meu próprio trabalho,mas, eu também me admiro e me surpreendo a mim próprio quando me encontro,me amando, a mim, com todas as minhas forças; não esquecendo aqueles que choram e sofrem pelas coisas materiáis que, tenho pena deles. Digo: Para poder-mos gostar de outro alguém temos, obrigatóriamente, de gostar logo em primeiro, de nós próprios.

Obrigado por comentar, que assim, abriu, em mim, um portal imaginário, com a oportunidade de escrever o que escrevi.

Saúde meu amigo.

Add comment

Inicie sesión para enviar comentarios

other contents of antonioduarte

Tema Título Respuestas Lecturas Último envíoordenar por icono Idioma
Poesia/Gótico “Calmaria” 1 1.447 09/12/2010 - 12:56 Portuguese
Fotos/Naturaleza A Visão 2 1.836 09/10/2010 - 15:39 Portuguese
Prosas/Terror “Poemática” 1 3.338 08/28/2010 - 23:46 Portuguese
Poesia/Meditación “Silêncio” 1 940 08/20/2010 - 11:01 Portuguese
Poesia/Aforismo “Lambendo o Tempo” 2 1.324 08/20/2010 - 10:56 Portuguese
Poesia/Dedicada "poeta” 1 1.664 07/18/2010 - 22:36 Portuguese
Poesia/Dedicada "poeta” 1 689 07/18/2010 - 19:02 Portuguese
Prosas/Saudade “Jardim de Esperãnça” 1 1.429 06/16/2010 - 20:58 Portuguese
Poesia/Pasión “Espírito Embriagado” 1 1.328 06/16/2010 - 02:47 Portuguese
Poesia/Dedicada “Aniversário” 1 1.916 06/16/2010 - 00:39 Portuguese
Poesia/Meditación “Cinzas da mesma rima” 0 2.130 06/09/2010 - 22:56 Portuguese
Poesia/Aforismo “Desarrumação” 2 1.981 06/06/2010 - 23:02 Portuguese
Prosas/Tristeza “Somos vapor” 1 2.079 05/18/2010 - 23:53 Portuguese
Prosas/Tristeza “Entre a morte e a vida” 1 1.203 05/18/2010 - 23:14 Portuguese
Prosas/Cartas “Livro” - "Decifrando o inconsiente" 1 3.555 05/18/2010 - 22:53 Portuguese
Poesia/General Lugar de Poesia 1 1.389 05/15/2010 - 20:58 Portuguese
Poesia/Aforismo Cortina salgada 1 1.653 05/15/2010 - 20:49 Portuguese
Poesia/General Naufragar 1 1.108 05/14/2010 - 03:30 Portuguese
Poesia/Aforismo Grande Bobo 1 2.059 05/07/2010 - 22:02 Portuguese
Poesia/Dedicada “ A poesia assiste ao Homem que se arruina...” 1 1.571 05/07/2010 - 22:01 Portuguese
Poesia/Dedicada Velhinho do meu coração 1 1.777 05/06/2010 - 20:17 Portuguese
Poesia/Amor Ao Amor 1 1.756 05/06/2010 - 20:15 Portuguese
Poesia/Soneto Insónia Azul 3 1.172 05/06/2010 - 20:14 Portuguese
Poesia/Pasión O Poêma vai acabar 2 2.107 05/04/2010 - 22:00 Portuguese
Prosas/Fábula Dono da Morte 1 1.885 05/03/2010 - 20:14 Portuguese