O perigo do desejo

Quando o desejo nos domina,
Se não estivermos com os pés no chão,
Poderemos ir à ruína,
Todos os cuidados são poucos, irmãos,

Não foram poucos os reinados,
Que o desejo ajudou a cair,
Antes dos seus donos terem notado,
Seu reino deixou de existir,

Péssimo conselheiro é o desejo,
Mete a gente em cada buraco,
Sempre que alguém sofrendo eu vejo,
Penso: “ao desejo esse foi fraco”,

Sei que ele nos faz leve,
Na hora de um supremo prazer,
Mas, logo se torna uma lebre,
Fugindo para não se deixar abater,

Levando junto à possibilidade,
De convivermos com um diário prazer,
Deixando apenas a dura realidade,
Que felicidade hoje é coisa démodé,

Temos que ser forte o bastante,
Pois as tentações estão sempre por aí,
E se a gente vacila um só instante,
Ao desejo temos que sucumbir,

Contar até dez e respirar fundo,
Às vezes ajuda a controlar,
Aquele desejo insistente e profundo,
Que surge sem a gente esperar,

Deseje! Pode continuar a desejar,
Só tenha um pouco mais de cautela,
Na escolha do que irá desejar,
Para não se prender a nenhuma cela.


 

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Miércoles, Mayo 4, 2011 - 15:54

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gege

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Lindo texto, gostei

Lindo texto, gostei muito!

Ainda mais, quando o desejo é acompanhado de uma ambição incontrolável!

Marne

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