MAX

Max

Max não é Marxista
É duma filosofia intimista
Dum intimismo cheio de mundos
De seres surdos e mudos
No toque do violão
Falam e escutam e gritam
Cada corda um sentir-se de vida
Medita
Fuma o cigarro
Fumaça ao vento é poesia
Bebe cachaça
Embriaga-se duma verdade
Da súbita visão das coisas
É do oxum do orixá
Cadê o Max?
Caboclo encarnado
Dois espíritos dançando
Num só corpo
A dança de qualquer movimento
Ao ritmo da orquestra sem maestro
Músicos desordenados
A tocar a mais única e bela melodia
Ao fim menino Max está só
Estar só não é solidão
É descanso e então dorme
Dorme o corpo
Às vezes a alma
E nunca a mente
Vai homem Max com tua calma
Ser coisa bonita na vida
Vai com tua fumaça escrever o mundo
Vai com tua cachaça embriagar o medo
Vai com teu violam fazer cantar as pedras
E vai com toda tua alegoria encantar os Homens
O vento o sol o mar a terra
As árvores os rios os bichos
E Deus.

Álefe de Castro Dourado 

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Miércoles, Mayo 4, 2011 - 17:18

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MAX

Enviado por MarneDulinski el Mié, 05/04/2011 - 21:05.

Não faço apologia ao fumo, cachaça e tenho as minhas convicções religiosas, portanto...

Marne

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