Confesso

A ti confesso o pecado de tanto amar
De imaginar que as asas das borboletas
São efémeras e translúcidas para sempre
E que a fundura dos mares atinge os cometas
Que passam e perpassam lentamente
Sobre as ruas desertas

A ti apresento em fina bandeja a redenção
Retirada dos confins de minha alma
Sem a chama perpetua que um dia quis ser

A ti entrego a dor e a paixão
Que noite e dia consumiram meu coração
Cheio de esperança e ingénua crença
De premiares minha presença
Com cândidos olhares
E eternos abraços de ternura

A ti devolvo toda a amargura
Que meu ser conseguiu despejar
Sobre as larvas, o desdenho e a infâmia
Da tua impertinente figura que um dia
Amanheceu na penumbra do entardecer

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Martes, Noviembre 4, 2008 - 14:10

Poesia :

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IsabelPinto

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Comentarios

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Re: Confesso

Muito bom, gostei de ler!

:-)

Imagen de nomada

Re: Confesso

Há momentos assim, que temos que deitar tudo cá para fora.
Pena é que nem sempre consigamos dizê-lo de maneira tão bela como tu conseguiste.

Beijo.

Imagen de zizo

Re: Confesso

Uma confissão em jeito de carta de despedida para nunca mais voltar a esse saudoso entardecer.
Parabéns pela sua bela escrita cardigos!

Beijo

Imagen de Anonymous

Re: Confesso

A ti me confesso...
Gostei muito.
a amargura tb se devolve!

bj
breizh

Imagen de MariaSousa

Re: Confesso

Uma confissão sincera. Devolve a amragura sim :-)

Bonito!

Bjs

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Re: Confesso

Uma profunda confissão de desilusão e tristeza...

Uma nova aurora resplandecente surgirá no amanhecer dessa alma de poetisa...

bjs

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