Rascunhos no café

Com gotas de café
Nas papilas.
Lembro-me que me sopraste a fé,
Dos meus resquícios.
Sobrou-me apenas o sabor dos vícios,
Nos meus interstícios.

Andas descalço
Em cima de mim sem sentido
E eu sinto o estômago a gelar.
No teu encalço
Deixei há muito o sentido
Cair e se estatelar.

Já no termo
Encontras apenas
O meu ser ermo
Sem eira
Nem beira.

Com gotas de café
Nas papilas.
Vejo-me enclausurada em cerradas esferas
Onde cogito para os meus rascunhos
Em tempos de boas esperas.

Auguras
As minhas beiças caídas
Nutras saídas.
Perfuras
Minha ternura
Que permiti cair em desventura.

 

Elsa Menoita

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Domingo, Mayo 15, 2011 - 19:24

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