Prosopopéia

 PROSOPOPÉIA

Jorge Linhaça

 

Quando a raposa desdenhosa

desistiu das uvas apanhar

Empinando o focinho toda prosa

Dizendo o cacho verde estar

 

Quando o lobo encheu o peito

E a casa dos porquinhos soprou

Tendo um furacão por efeito

E as paredes assim derrubou

 

Quando o coelho branco atrazado

da história da menina Alice

De seu relógio sempre empunhado

è tarde, é tarde,é tarde disse

 

Foram apenas prosopopéias

Dando aos bichos humano feitio

Para dar força às idéias

Das fábulas á quem as ouviu.


 

Submited by

Domingo, Mayo 29, 2011 - 22:32

Poesia :

Sin votos aún

Jorge Linhaca

Imagen de Jorge Linhaca
Desconectado
Título: Membro
Last seen: Hace 9 años 41 semanas
Integró: 05/15/2011
Posts:
Points: 1891

Add comment

Inicie sesión para enviar comentarios

other contents of Jorge Linhaca

Tema Título Respuestas Lecturas Último envíoordenar por icono Idioma
Prosas/Pensamientos As abelhas e o refrigerante 0 2.320 05/15/2011 - 12:49 Portuguese
Prosas/Contos A Profecia 0 2.183 05/15/2011 - 12:48 Portuguese
Poesia/Soneto Distorções 0 1.374 05/15/2011 - 12:46 Portuguese
Poesia/Soneto Canto Negro 0 1.817 05/15/2011 - 12:42 Portuguese
Poesia/Soneto Mais Vale Acender a Luz 0 2.006 05/15/2011 - 12:40 Portuguese
Poesia/Soneto Soneto ao ronco 0 1.599 05/15/2011 - 12:37 Portuguese
Poesia/Soneto Soneto Caipira 0 2.806 05/15/2011 - 12:25 Portuguese
Poesia/Soneto Ao Gregório de Mattos 0 1.599 05/15/2011 - 12:17 Portuguese
Poesia/Soneto Soneto ao trono 0 1.214 05/15/2011 - 11:59 Portuguese
Poesia/Soneto Soneto ao Caracol 0 1.880 05/15/2011 - 11:44 Portuguese
Poesia/Soneto A barata 0 2.618 05/15/2011 - 11:39 Portuguese
Poesia/Soneto Castelo de Areia 0 1.821 05/15/2011 - 11:11 Portuguese