Sou

Sou um resto de perdidas esperanças
Um sonho morto que na verdade nunca morreu
Sou a saudade das tuas intermináveis lembranças
Sou o grito sufocado de tudo que no tempo se perdeu

Sou da liberdade essa ânsia incontida
E o apelo da tua consciência, hoje adormecida
Sou a insânia dos teus sentimentos desvairados
Sou o que ficou das nossas ilusões quase perfeitas
Sou na verdade o tudo do que nunca foi acabado

Sou a sombra desse passado sempre tão presente
E a tua insônia como sempre indiferente
E o teu sorriso amargurado e nunca desfeito
Sou a tua solidão disfarçada e persistente
Sou as sobras de um amor quase perfeito
Ainda sou as cinzas daquela paixão ardente

Sou o som do mar revolto em tua vida
Persistindo após os longos e nunca esquecidos anos
Sou o roçar da sensual e atrevida brisa marinha
Que nas lembranças ao teu lado ainda caminha
Também sou aquele toque que nas tuas noites,num arcano
A cruel ausência tanto te atormentou...
Sou o que ainda falta na tu vida
Sou aquela a quem outrora chamaste de meu amor

Sou o vestígio do tudo que em tua alma ficou
Sou o teu sorriso colorido que no tempo se apagou
Sou bem mais... Sou o encanto que na tua vida se formou
Sou o quase tudo que na vida tu sempre sonhou e desejou
Eu sou na verdade o que nunca deixei de ser
Sou aquela que marcaste como teu primeiro amor 

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Lunes, Junio 6, 2011 - 12:48

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gilordonio

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