Castidade Nocturna, Bruma e Algo Mais.

A noite sem lua,
Aquela que não imite reflexos,
onde os demónios não têm rosto.
Nessa noite, onde a lua não é de oiro,
nem se veste de prata das boas novas.

Demónios...
Eles ganham um lugar, nas caves,
Nos assombro humanos,
onde a repulsa habita,
onde o segredo é miraculosamente embrulhado,
em panos de cetim e pactos luciferanos.

Como todo o veneno que esvaia,
Escapa pela porta descuidadamente entreaberta.
Um sopro de vento,
que escapou pelas fendas,Pelo desgaste secular.
O silêncio é amigo de quem procura a felicidade,
Quem espera a sorte enquanto fuma canabis,
nos cantos da cidade.

Sortudo de quem encontra, essa pérola
Esse podre que alguém deixou cair.
E sorri ao ver a nudez que encontrou,
A parte mais intima do outro, a quem a roubou.
Agora poderá comprar o mundo.
Porque a prostitua lhe abriu as pernas gratuitamente.

E a cidade que se constrói, sobre carne e osso,
fecundadas na praça, onde galgam pés,
Onde nasce a vergonha de alguém

Frederico Vanesgard

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Domingo, Junio 26, 2011 - 01:15

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Saru

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Comentarios

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Aquela que não emite reflexos...

"O silêncio é amigo de quem procura"

Gostei bastante de ler este seu registo...

"Quem espera a sorte enquanto fuma canabis,
nos cantos da cidade."

A quem o diz!!!

Mudam-se os tempos, mudam-se as canabis!!!

 

Abraço

 

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