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À sombras das tuas palavras, eu amei e sofri - continuação do 1º capítulo
Quando nos conhecemos, eu estava numa fase muito difícil. Estava emocionalmente desequilibrada e com a nossa conversa e o meu desabafo escrito sobre o que aconteceu comigo, de certa forma ajudou-me a recuperar o meu “eu”. Sempre pensei que tivesses ficado a conhecer uma parte de mim que eu mais prezo: os meus sentimentos com a sinceridade e pureza dos mesmos, e afirmo-o assim porque eu SINTO e não procuro saber porque sinto. É a minha sensibilidade e intuição que me leva a sentir e a não questionar porque sinto.
Eu não quero ter de passar a vida a questionar a razão das coisas, quero deixa-las fluir e nisto ainda ando em aprendizagem… um dia sei que chegarei lá. Deixei fluir o nosso tempo o melhor que pude e com as emoções que em mim provocaste. Esse sentimento engrandeceu em mim e neste momento admito que precisei tanto de ti como do ar para respirar; contudo aprendi que quando se ama verdadeiramente, não se pode aprisionar ninguém.
Durante anos entreguei-me e dediquei-me a ti o melhor que sei fazer, e julguei estar a caminhar para um futuro certo. No entanto a tua decisão de adiar, e sempre adiar, por medo das minhas discussões, levou-nos a um vazio. Ou seja, eu amo-te e sei que na convivência do dia-a-dia aprenderíamos a “estar” em sintonia um com o outro, tal como acontecia nos poucos fins-de-semana que passamos juntos em minha casa. Saberia que todos os dias ao regressar a casa TU estarias lá para me abraçar… e isso é o que eu mais queria ter de concreto para anular o meu vazio. Não sei se me amaste, nunca tive a certeza, e não me julgues mal…. Ao dizer isto estou a ser sincera, porque quando se tem medo não se sente mais nada a não ser esse “medo” que ilude tudo o resto e nos faz acreditar no que não é, e a ver o que não há, entendes?
Deixa-me explicar que o facto de eu nunca ter conhecido ninguém da tua família contribuiu grandemente para esse vazio e a distancia entre nós sempre foi como uma estaca cravada no meu peito. O facto de nunca me teres convidado para ir passar um fim-de-semana contigo aí, nem que fosse nos arredores… isso fez-me sentir sempre como que deixada de lado na tua vida…. O não saber de nada nem poder tomar parte de nada, era como se eu fosse uma sombra na tua vida. Enquanto o meu amor por ti crescia, a sombra aumentava. Disseste que já podias prever quando eu ia ter discussões contigo, e eu pergunto, porque nunca as evitaste? Porque deixaste acontecer? Porque nunca te abriste comigo? Repara que eu de ti nada mais sei do que o teu nome, o teu endereço, o nome e morada do teu trabalho e o nome dos membros da tua família…. Quanto ao resto, ao dares-te a conhecer, nunca o fizeste. De mim, sabes os podres todos. Não te escondi nunca nada.
Como te disse, nunca namorámos verdadeiramente e as conversas do dia-a-dia foram ficando mais banais contribuindo largamente para aumentar o vazio. A falta de evolução, até na nossa conversa, fez-nos estagnar na relação… nem só de amor vive o homem! Há que saber cultivar o amor e sobretudo conserva-lo. E aqui falhámos os dois. Eu deveria ter tido coragem e mais determinação, para te dizer que me estava a sentir vazia e que carregava apenas o peso do amor que sinto por ti, tornando-me pesada e cansada, em vez de discutir contigo. Mas por outro lado, sempre fugiste a uma conversa a sério entre os dois. Nunca querias falar sobre o futuro. Pedias tempo… só tempo, mais tempo.
Acho que agi assim contigo porque quis acreditar piamente no teu amor e ia sempre dizendo para mim que és assim mesmo… mas a dada altura eu pergunto-me: porque pode ele ser assim e eu não posso ser “eu”? Porque tenho de ser eu a aceitar tudo e ele não pode aceitar-me também como eu sou na verdade? E muitas vezes antes da catástrofe acontecer tu não me ouviste, o que ouvias interpretavas mal e por isso explodia contigo!
Quero dizer com isto que ao mesmo tempo que aumentava o meu amor por ti, aumentavam também as minhas dúvidas, que nunca tive coragem de falar contigo, porque sempre que começava uma conversa ou pelo menos julgava que estava a tentar começar, tu evadias-te de respostas concretas e objectivas o que me magoava e muito… fui-me magoando demais e amando demais. Cheguei à conclusão que te amo sem te conhecer e nem sei porque te amei: mas bastava-me amar-te.
Gostava que tivéssemos tido um final feliz e queria ter tido a possibilidade de construir a minha realidade com base no sonho que um dia tive: o de estar e ficar ao teu lado para sempre, e que disseste ser também o teu sonho… mas que tinhas medo!
Queria ter tido em ti aquela pessoa que me escuta e me entende sem me julgar nem se magoar pelo que escrevo ou publico. Aquele que sabe que vivo só para ele e por ele… Queria ter-te amado sem ter tido de pedir desculpa nem sentir-me culpada por te amar.
É tão simples o que eu quero desta vida…E quero sem duvida alguma ser amada na mesma proporção e medida. Quero poder falar sobre o que eu sinto sem ficar com peso na consciência sobre se vou magoar ou não, queria que tivesses confiado mais em mim para eu poder abrir a minha alma sem receio. Queria que tivesses feito o mesmo comigo, pois só assim estaríamos a construir solidamente a nossa relação e a lutar para realizar algo que se pudesse ter sonhado. Eu pedi-te para sonhar o mesmo sonho que tu, para que me deixasses crescer como pessoa ao teu lado. Tu respondeste-me que no primeiro ano de namoro apenas não levamos o caso a sério…Mas nós já estávamos no terceiro ano meu amor, como assim, não foi para valer?
Maria Escritos
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