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andorinhão

Pulquerio o andorinhão
o vendedor de palavras

Pulquério de poucas sílabas,
Muita imaginação,
Corre ,voa nas madrugadas
Tardias, nas manhãs atrasadas
Nas densas nuvens lembrando mar
A cobrir indeléveis, douradas ,
A Serra mãe de mil e uma alvoradas
Do Poleiro diário assistia
Quase sempre
Ao ausente registo
De ilhas talvez terrenas
Muitas vezes eternas
Realidades fractais,
Singularidades cósmicas,
Às mudanças de estação
Apesar de sempre vistas,
Aquele indecifrável momento
Colocava-o sempre em êxtase.

Filho de pai Carteiro
E outras profissões
Passava noites e serões
Lendo o que para destinatários
Só letras era,
Nunca uma só carta distribuiu
Para si tudo guardara ,
Era tamanha a fixação
Que com todas ficou.
Tantas estorias
Exactamente ...Todas as palavras
Pulquério consigo guardou
Numa caixinha para
Mais tarde vender
...A retalho
Eram Palavras notáveis
Como saudade
Um e dois ...
Três e quatro
Sambas, rumbas
Fados, ritmos latinos
Notas musicais ,
Ofertas de trabalho ,
Grandes e pequenos destinos ,
Até obsessão por dançar ,
Escalar ,subir correr, amar,
Mais tarde tudo vendeu ,
Foi-se o legado de seu Pai ,
Correu Mundo ,
Vendeu tudo ,
Sem nada ficou
Morreu surdo e mudo….
Um conselho:
Dá as palavras ,
Mas com os lábios fechados ,
Como num beijo profundo,
a alma aberta
Mas guarda sempre uma
Para ti……
A última
A certa

Jorge Santos

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segunda-feira, dezembro 21, 2009 - 15:49

Ministério da Poesia :

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Joel

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