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Arranhão do gozo
No armário os falsos orgulhos, entre jogos de luzes contra sombras, adivinhavam sua crueza brusca, tuas bengalas assustadas com passos de mentira. Aqueles que olham descem espinhas em atormentados arrepios, do outro lado um servo astuto vê uma quase marcha “eslava” das mortes em suas vidas aprendendo a engatinhar.
Calaste infame magros desejos nus adocicados sem textura com ouvidos vestidos em peles, onde nas casamatas, os metrôs são minhocas e sarjetas barricadas no recuo com disparos vermelhos de semáforos.
Cova larga no latifúndio da obsessão.
Sem ao invés no convés ímpar marinheiros a cru estendem o pó original á brisa no levar de frágeis chamas de velas, o bico labial do mau tempo apaga-as em lascivas marolas assopradas por melodias na alma.
Na obscura selva de pelos, unhas coçam madrugadas até o arranhão do gozo.
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