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Carta Marcada
E simplesmente.
A simples mente
Viu-se surpreendida.
De rostos próximos
Que formam cálices
Transbordados
De vinho e sabedoria
De um suspiro.
Vai-se da loucura à sanidade.
Da intensidade
Destrói-se a realidade.
Simples mente, mente.
Mente Mentiras de mentirinhas
De pernas de pau
Até minha paciência na cozinha
Foi quando a personagem
Interpretou o ator
Da saga da dama
Das canções, dor.
Das notas dissonantes
Inicia-se certa harmonia
Do olhar – instante
Da percussão e o sopro
Na umbra do quarto
Teu rosto
Sobrevivi, graças ao teu ar
Sobre-vivi com você
No apartamento 21
Quando percebi
A vontade guiou minhas pernas
Que seguiram infinitas escadas
E subi.
Assim como se toca o espírito
Através da carne
E as armas
Não existiam mais.
Assim como
O monocromático
Tombado para trás.
Eu pequei
Tu pecaste
Ele pecou
Agora tanto faz.
De bobeiras sussurradas
Ao pé de ouvido
De grandes filosofias bizarras
Faladas baixinho.
A epopéia do sátiro e uma ninfa
Harpas, Lounge e Citaras.
E alguém ouviu a explosão
De Duas almas se chocarem
Abraço, enlace e sou todo ouvidos
Colo, beijo, afago.
E o beijo faz
Os devaneios se calarem
O mundo se calou.
Deus respeitou.
A madrugada se orgulhou
A lua invejou
Nós.
E jogada no ar.
A dança
Das cócegas
Gargalhadas de criança
Numa simetria perfeita
Quando o sol surgiu
Em uma luz constante mente
Intensa
Liguei a cachoeira e parti
Removemos
Restos de tapete persa
Re-movemos nossas vidas
O sol teimou em surgir
As portas teimaram em abrir
Até um ultimo Momento
Você aqui.
Até o ultimo trago
O dia e um Motivo Claro.
Amei de uma maneira
Que durante uma noite inteira
Nunca irei
Amar alguém.
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