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SANTANA DO ACARAÚ: QUE TERRA É ESSA?

AOS AMIGOS DO WORLD ART FRIENDS QUERO APRESENTAR MINHA TERRA: SANTANA DO ACARAÚ ATRAVÉS DESTE TEXTO QUE PRODUZI PARA AO BLOG DO MEMORIAL DA PARÓQUIA DE MINHA CIDADE.

Oferecer a definição de uma cidade aos nativos e aos amigos que querem conhecê-la é uma tarefa difícil por várias razões. A primeira é a da dimensão da alma humana. Nenhuma descrição, por mais bem feita que seja pode alcançar o tamanho da alma de uma terra. A segunda diz respeito ao fato de cada um ter seu ângulo de visão.
Santana do Acaraú, enquanto cidade, é uma criação do século XIX,surgida algumas poucas décadas antes de ser reconhecida oficialmente como Vila em 3 de Novembro de 1862. Antes disso, nos séculos XVII e XVIII, os documentos oficiais do Império e da Igreja Católica mencionam o Curato do Acaraú ou a Capela de Santana do Olho D'Água e Almas ou ainda o Curral Velho.
Todavia, fatos do século XVII, tornam Santana única em sua história.
Frei Cristóvão de Lisboa, Frade Franciscano eleito para ser Custódio da Missão Franciscana do Maranhão (território que incluia Maranhão, Pará, Ceará e Piauí) e considerado o primeiro Naturalista a estudar os animais e árvores do Brasil, foi o responsável pela gênese de nossa história.
Em viagem que empreendeu, em 1626, de São Luiz ao Fortim do Amparo, sofreu perseguição de índios que o obrigaram a desviar a sua rota de tal forma que encontrou abrigo no Serrote da Rola (acidente geográfico da cidade de Santana, onde abrindo o baú das imagens dos santos encontrou somente intacta a de Santa Ana, a quem atribuiu a graça de ter escapado, prometendo-lhe construir naquele local um templo em sua homenagem.
No dia 23 de Setembro de 1683 a coroa portuguesa concede sesmaria a Manoel de Góes e companheiros no vale do rio Acaraú. Esta sesmaria foi uma das primeiras concedidas na história do Ceará e as porções delas que realmente foram ocupadas deram origem a uma das localidades mais antigas do município: O Curral Grande.
Aquelas que não foram ocupadas pelos companheiros de Manoel de Góes, foram cedidas em parte aos irmãos Sebastião de Sá Barroso e Antônio de Sá Barroso que anos mais tarde venderam duas porções de sua imensa gleba de terra ao amigo Padre Antônio dos Santos da Silveira, escrivão do Cura da Caiçara.
Este, unindo a porção de terra denominada Olho D'Água àquela chamada Curral Velho, restaurou a velha casa de taipa que ali já existia e o Curral para constituir sua fazenda de gados onde, em 1739, construiu uma capela de taipa em honra a Santa Ana, para cumprir a promessa de Frei Cristóvão, tendo por construtores os índios que eram escravos de Antônio Coelho de Albuquerque.
Foi ao redor desta, não de forma espontânea, mas planejada pelos coronéis da época, que se constituiu a Vila para a criação de uma Câmara independente de Sobral e do Acaraú.
No dia 24 de Janeiro de 1849, na fazenda Arara, hoje pertencente ao território de Santana nasceu o Padre Doutor João Augusto da Frota líder do movimento Abolicionista do Ceará e um dos fundadores do Instituto Histórico, Geográfico e Antropológico do Ceará.
Sete anos antes, em local do território Santanense ainda desconhecido, nasceu no dia 31 de Agosto, João Cordeiro da Costa, um dos expoentes do movimento abolicionista do ceará.
Por aqui passou Padre Ibiapina em Outubro de 1862,promovendo a reconciliação dos inimigos, unindo o povo em mutirão que resultou na construção do primeiro cemitério da cidade e na construção de uma das melhores Casas de Caridade da província no dizer de Antônio Bezerra.
Embora seja Acarauense, Santana foi a terra predileta de Padre Antônio Tomás, onde escreveu muitos de seus sonetos. O que dissemos se comprova no fato de ter escolhido Santana como lugar do descanso de seus restos mortais, cujo túmulo se encontra na Igreja Matriz da cidade.
Da frutuosa e nobre estirpe da família Tomás nasceu, no dia 18 de outubro de 1903, José Isaías de Thomaz Lourenço, um dos primeiros educadores de nossa cidade, fundador da Escola Padre Severiano, do Jornal 'A Defesa' e do teatro Manuel da Frota. Colaborou no Jornal Correio da Semana, foi exímio poeta e o pioneiro, em seu tempo, em obras de assistência promovidas de forma articulada como a construção da Vila Vicentina no Bairro do Retiro e Campanha de doação de roupas e gêneros alimentícios em época de secas.
Em 13 de Janeiro de 1930, em Santana, nasceu Francisco das Chagas Vasconcelos, um dos fundadores do PMDB no Ceará e orador cujos discursos ainda hoje são objeto de estudos em Universidades dentro e fora do Brasil.
Santana é o berço de João Ananias de Vasconcelos Neto que foi por duas vezes prefeito dela, ex - secretário de saúde do Estado do Ceará e atualmente deputado federal.
Ele e os líderes populares de mais de cem associações comunitárias criaram um instrumento de participação popular nas políticas públicas que se tornou modelo para outros no Brasil: O Conselhão, espaço onde o povo discute os problemas da cidade, dá sugestões e faz reinvidicações.
Para as letras do Ceará e do Brasil Santana deu José Alcídes Pinto no dia 1º de Setembro de 1923.
Formou-se o nosso "Poeta Maldito", nascido na localidade Santanense de São Francisco do Estreito (Parapuí), em Jornalismo, na Faculdade de Filosofia da antiga Universidade do Brasil no Rio de Janeiro. Foi professor do Curso de Comunicação Social da Universidade Federal do Ceará, escreveu romances, contos, novelas, peças de teatro, ensaios e poesias que foram objeto de inúmeros prêmios; e um dos principais responsáveis pela introdução do Movimento Concretista no Ceará.
Faleceu, após trágico acidente, no dia 2 de Junho de 2008 em Fortaleza.
Nas artes plásticas e também para a literatura, ao Ceará, Santana deu Audifax Rios, nascido em 17 de Abril de 1946.
Foi cenógrafo da Tv Ceará, fez ilustrações para os Jornais O Unitário, Correio do Ceará e o Pixote, e diretor de diversas agências de propaganda: Imagem, Dínamo, A.S Propaganda, dentre outras.
Teve sua estréia nas artes plásticas e sua premiação do gênero no 1º Salão dos Novos, em 1968 (3º Lugar), a segunda na Unifor Plástica de 1986 e a terceira no Salão de Abril de 1989. Fez mais de vinte exposições individuais,a primeira (Raiz da Gente) em 1982.
Além disso produziu a arte de mais de trezentas capas e ilustrou os livros de inúmeros autores Cearenses e Nacionais.
Por ocasião do Centenário do fim da Guerra de Canudos fez duas exposições, um selo para os correios e cartão telefônico para a Telebrás.
Como escritor produziu vonte folhetos de cordel, três livros de memórias de sua terra e vinte e cinco livros, tendo ainda outros que estão por vir à público.
Para a historiografia cearense, Santana deu o rebento José Aírton de Farías, que nela nasceu em 1973.
O mesmo é formado em direito pela Universidade Federal do Ceará, em História pela Universidade Estadual do Ceará e mestre em História social Pela UFC.
Sua obra historiográfica é composta de biografias, ensaios acadêmicos e textos sobre o futebol local. Dentre estas a mais conhecida é o seu livro 'História do Ceará - da Pré História ao Governo Cid Gomes', utilizado pelo ensino público e privado no ensino de história do Ceará.
Um último exemplo que trazemos, para figurar a vocação de Santana de gerar grandes vultos, é o do Jornalista Adírson Vasconcelos, filho do Ex - prefeito João Adeodato de Vasconcelos e o pioneiro em escrever a história de Brasília.
Muitos outros exemplos poderiam ser dados para construirmos a identidade de Santana do Acaraú,muitos deles ainda desconhecidos e outros de renome local.

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domingo, novembro 13, 2011 - 12:48

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Chico Costa

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