CONCURSOS:

Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia?  Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.

 

Sobras da natureza humana

Somos escravos justos de nossos desejos e crenças, transformando a figura homem em algo absolutamente banal. Que por si só, nosso reflexo em um espelho nada tem a ver com a verdade, é capaz apenas de nos mostrar a nossa desmedida vaidade.
Um homem totalmente sem compreensão do ser, capacitado apenas para pensar no agora, no ter e no poder, exaltando apenas o material, fingindo buscar acomodar seu ego inflamado em pequenos gestos de bondade, no qual falsamente tenta lapidar sua face de benevolente.
Somos nada mais que pequenos pedaços de carne apodrecendo por tamanha luxúria que nos cerca os olhares, o cheiro que exala de cada um de nós, é a culpa, da qual não conseguimos escapar. Pois por mais que sejamos indiferentes a nossa verdadeira natureza, alguns poucos, mesmo sem perceber, carregam o fardo do conhecimento.
Somos capazes de baixar a cabeça para algo que imaginamos superior, mas somos incapazes, de aceitarmos nossas fraquezas, nossos erros diante de um semelhante, apenas movidos pelo medo, pela total duvida do que virá, pelo medo da escuridão. A ameaça de nos tornamos inválidos e fracos diante de outros é o que nos faz ser perigosos e indiferentes para nós mesmos e para a própria natureza, somos como qualquer outro animal, quando acuados, nós agredimos.
Matamos aos poucos nossa forma comum de pensar, há linha de vida pré-planejada, meticulosamente feita por nossos pais, os pais de nossos pais e os pais de vossos avós, o ciclo básico da vida, nascer, aprender, procriar e a morte.  Um fluxo natural, simples sem principio heroico nenhum, afundado na repetição dos dias, asfixiando e transformando lentamente o instinto do saber.
Assim desta forma, o homem contemporâneo se torna um rabisco do que foi seu passado e uma chacota do que poderá vir há ser seu futuro, criando teorias infindáveis para acomodar seu temor, o seu não domínio sobre a própria vida, de compor-se como uma pequena parte de um gigantesco mosaico, no qual apenas é parte complementar e não essencial do seu próprio ser. Terá assim que cortar da própria alma para se libertar, admitir sua total incapacidade sobre a linha da vida, e buscar o conhecimento pleno, longe dos demais, que se encontram abitolados, no comodismo reconfortante dos seus dias. Este homem, não poderá temer a solidão e tão pouco ser chamado de louco, a liberdade requer sacrifícios.

Submited by

quinta-feira, agosto 23, 2012 - 19:10

Críticas :

No votes yet

Pablo Gabriel

imagem de Pablo Gabriel
Offline
Título: Membro
Última vez online: há 3 anos 20 semanas
Membro desde: 05/02/2011
Conteúdos:
Pontos: 2944

Add comment

Se logue para poder enviar comentários

other contents of Pablo Gabriel

Tópico Título Respostas Views Last Postícone de ordenação Língua
Poesia/Meditação Tempo, laços e amores. 0 1.001 06/01/2015 - 20:25 Português
Poesia/Amor Boca 0 1.683 05/29/2015 - 13:38 Português
Poesia/Meditação Múrmuros 0 1.355 05/08/2015 - 15:19 Português
Poesia/Meditação Casa sem morada 0 1.426 04/27/2015 - 18:56 Português
Poesia/Amor Armas e poesias 0 1.417 04/10/2015 - 14:38 Português
Poesia/Meditação Engrenagem 0 1.845 03/24/2015 - 18:20 Português
Poesia/Meditação Margens 0 1.544 03/17/2015 - 15:43 Português
Críticas/Outros Apaixone-se pelo gesto e não pelo objeto! 0 1.808 03/06/2015 - 18:44 Português
Poesia/Meditação Possuir 0 1.489 03/04/2015 - 15:28 Português
Poesia/Meditação Pálida Noite 0 1.119 02/27/2015 - 15:52 Português
Críticas/Outros Sobre a educação, porcos e diamantes. 0 2.039 02/20/2015 - 14:21 Português
Poesia/Meditação Entretempo 0 1.937 02/19/2015 - 17:46 Português
Críticas/Outros Tempo 0 2.738 02/06/2015 - 13:38 Português
Críticas/Outros Boca seca 0 2.230 01/31/2015 - 13:08 Português
Críticas/Outros Coito interrompido 0 1.304 01/31/2015 - 13:05 Português
Poesia/Meditação Falência programada 0 1.122 09/19/2014 - 19:43 Português
Fotos/Outros Silencio, inocente. 0 2.123 09/18/2014 - 13:57 Português
Poesia/Geral Ao acaso 0 2.590 09/04/2014 - 14:10 Português
Críticas/Outros anacrônico 0 1.773 09/02/2014 - 02:25 Português
Críticas/Outros Sobre a eleição, sujeiras e confiança. 0 1.691 08/28/2014 - 16:20 Português
Poesia/Geral Tempo? 0 2.085 08/27/2014 - 15:01 Português
Críticas/Outros Desbotar 0 1.963 08/25/2014 - 22:35 Português
Poesia/Geral Morro 0 1.264 08/19/2014 - 19:18 Português
Poesia/Amor Gatuno 0 1.179 08/18/2014 - 15:23 Português
Poesia/Meditação Pulsar 0 1.361 08/14/2014 - 13:27 Português