CONCURSOS:
Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia? Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.
FRAGMENTOS DRAMATICOS - O R I G I N A E S - II
VASCO DA GAMA
Ou
0 DESCOBRIMENTO DA INDIA PELOS PORTUGUEZES
(TRAGEDIA)
SCENA II
MoKÇAIDX
Africano implacável, não me illudes
Com essa de'repente alegre face:
No silencio forçado a raiva opprimes:
De affecto para affecto, e tão contrario
Não passa o coração n'um só momento.
Já parte do que eu sou presume o fero:
No extremoso louvor, que transportado
Consagrei ao varão de beróes modelo,
Quasi descortinou toda a minba'alma.
A. pezar d'interesses tão sagrados,
Que meu caracter dobram, que o reduzem
A precisão do engano; —a âer no rosto,
A ser nas vozes parcial, e amigo
Do mesmo, que ódio eterno em mim provoca;
Do pérfido Almansor, o mais injusto,
O mais duro, e feroz dos musulmanos;
Teu fervoroso amor, ob pátria rriinba,
Tégora na violência represado,
Ia rasgando o véo, que encobre aos olhos
Meu ser, e o meu destino. Horríveis monstros,
Oppressores cruéis, que arrebatastes
Aos braços maternaes a minha infância;
Que no jugo do exemplo, e do costume,
1 Estou certo que, se Bocage houvesse de dar esta peça ao
theatro, evitaria o fastio de quasi trezentes versos na scena
de abertura ; muito mais não envolvendo ella uma sufficiente
próthase : porém aqui dá-se uma copia do que primeiro lhe
produziu a pliantasia, e não do que elle approvou, depois de
reflectir no que imaginara ; como bem claramente denota a
imperfeição do seu autographo. (Nota de Pato Moniz).
Com sacras illusões me hallucinastes,
E, a minha alma cingindo a lei nefanda,
Fizestes (ai de mim!) que preferisse
Ás luzes da verdade as sombras do erro:
Oppressores crueis, baldadas foram
A vossa tyrannia, as artes vossas:
Seus direitos nm Deus em mim recobra;
Por veredas, que a mente humana ignora,
Aos meus, e a si me reconduz o Eterno.
Mas em que agitações; em que terrores
Meu animo fluctua ? Ah ! Que terrivel
Sombrio agouro o coração me enluta !
Que scehas de traição, de horror, de morte
No triste pensamento me negrejam ! 1
1 Eis-aqui tudo o que me chegou d'esta tragedia, que Bocage
levára ao fim do primeiro acto, que eu vi, e que elle me
leu. (Notade Pato Moniz). :-?
Submited by
Poesia Consagrada :
- Se logue para poder enviar comentários
- 1683 leituras
other contents of Bocage
Tópico | Título | Respostas | Views |
Last Post![]() |
Língua | |
---|---|---|---|---|---|---|
Poesia Consagrada/Geral | EPIGRAMMAS XXVIII | 0 | 1.412 | 11/19/2010 - 16:55 | Português | |
Poesia Consagrada/Geral | EPIGRAMMAS XXIX | 0 | 1.456 | 11/19/2010 - 16:55 | Português | |
Poesia Consagrada/Geral | EPIGRAMMAS XXX | 0 | 1.644 | 11/19/2010 - 16:55 | Português | |
Poesia Consagrada/Geral | EPIGRAMMAS XXXI | 0 | 1.407 | 11/19/2010 - 16:55 | Português | |
Poesia Consagrada/Geral | EPIGRAMMAS XXXII | 0 | 1.279 | 11/19/2010 - 16:55 | Português | |
Poesia Consagrada/Geral | EPIGRAMMAS XXXIII | 0 | 1.496 | 11/19/2010 - 16:55 | Português | |
Poesia Consagrada/Geral | EPIGRAMMAS XXXIV | 0 | 1.557 | 11/19/2010 - 16:55 | Português | |
Poesia Consagrada/Geral | EPIGRAMMAS VIII | 0 | 1.739 | 11/19/2010 - 16:55 | Português | |
Poesia Consagrada/Geral | EPIGRAMMAS IX | 0 | 2.358 | 11/19/2010 - 16:55 | Português | |
Poesia Consagrada/Geral | EPIGRAMMAS X | 0 | 2.952 | 11/19/2010 - 16:55 | Português | |
Poesia Consagrada/Geral | EPIGRAMMAS XI | 0 | 992 | 11/19/2010 - 16:55 | Português | |
Poesia Consagrada/Geral | EPIGRAMMAS XII | 0 | 1.575 | 11/19/2010 - 16:55 | Português | |
Poesia Consagrada/Geral | EPIGRAMMAS XIII | 0 | 1.787 | 11/19/2010 - 16:55 | Português | |
Poesia Consagrada/Geral | EPIGRAMMAS XIV | 0 | 1.568 | 11/19/2010 - 16:55 | Português | |
Poesia Consagrada/Geral | EPIGRAMMAS XV | 0 | 1.683 | 11/19/2010 - 16:55 | Português | |
Poesia Consagrada/Geral | EPIGRAMMAS XVI | 0 | 1.686 | 11/19/2010 - 16:55 | Português | |
Poesia Consagrada/Geral | EPIGRAMMAS XVII | 0 | 1.580 | 11/19/2010 - 16:55 | Português | |
Poesia Consagrada/Geral | EPIGRAMMAS XVIII | 0 | 1.547 | 11/19/2010 - 16:55 | Português | |
Poesia Consagrada/Geral | EPIGRAMMAS XIX | 0 | 1.117 | 11/19/2010 - 16:55 | Português | |
Poesia Consagrada/Geral | EPIGRAMMAS XX | 0 | 1.433 | 11/19/2010 - 16:55 | Português | |
Poesia Consagrada/Geral | EPIGRAMMAS XXI | 0 | 1.506 | 11/19/2010 - 16:55 | Português | |
Poesia Consagrada/Geral | ADIVINHAÇÕES I | 0 | 1.988 | 11/19/2010 - 16:55 | Português | |
Poesia Consagrada/Geral | ADIVINHAÇÕES II | 0 | 1.445 | 11/19/2010 - 16:55 | Português | |
Poesia Consagrada/Geral | ADIVINHAÇÕES III | 0 | 1.631 | 11/19/2010 - 16:55 | Português | |
Poesia Consagrada/Geral | ADIVINHAÇÕES IV | 0 | 1.930 | 11/19/2010 - 16:55 | Português |
Add comment