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Poesias Inéditas - Poemas dos Dois Exílios - Dói viver, nada sou que valha ser.

Dói viver, nada sou que valha ser.

Dói viver, nada sou que valha ser.
Tardo-me porque penso e tudo rui.
Tento saber, porque tentar é ser.
Longe de isto ser tudo, tudo flui.

Mágoa que, indiferente, faz viver.
Névoa que, diferente, em tudo influi.
O exílio nado do que fui sequer
Ilude, fixa, dá, faz ou possui.

Assim, noturno, a árias indecisas,
O prelúdio perdido traz à mente
O que das ilhas mortas foi só brisas,

E o que a memória análoga dedica
Ao sonho, e onde, lua na corrente,
Não passa o sonho e a água inútil fica.

Fonte: http://www.secrel.com.br/jpoesia/fpesso.html

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segunda-feira, setembro 28, 2009 - 15:49

Poesia Consagrada :

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FernandoPessoa

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