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À excelência !
À excepção, À excelência, À beleza, sim
Brindemos, ainda que com vinho turvo
Desse amanhado com pés maçados e sujos
Em paióis de madeira e grés, brindemos
À excepção, À excelência, À beleza da tez
Ao dois por três em copos cheios desde
A vindima até aos cestos das vespas riscadas
Do melaço e "ladainha-de-taberna-à-vez",
Aos bêbados, brindemos com vinho turvo
E pão de milho duro, ouro e basalto gretado,
Preto e giz do taberneiro pouco sóbrio ardosia
Na mão Brindemos irmão, brindemos irmãos,
À excepção, À excelência, À beleza, sim
Às escaras e ao vício de sermos unos, unidos
Até na morte, nos trabalhos de ciclopes
Do amanho da Terra que nos recebeu, hóspedes
Hostis de coração grande.
Joel Matos 02/2019
http://joel-matos.blogspot.com
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