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Claramente

Imagino a vida por um fio, um fio farto em percalços,

uns frutos do destino, outros frutos da ilusão,

Uma venda que defrauda os sentidos

Claramente, a mente deriva sem orientação.

 

Alucina, perde-se em sonhos, pinta-os d’ouro

Encanta-se pelo falso reluzir, falsas intenções

Claramente, um bloqueio do raciocínio

Uma enxurrada mental de emoções.

 

Defraudada, à deriva, encantada e bloqueada

perde a impermeabilidade e qualquer outra protecção.

O olho da mente que não vê pelo órgão da vista, imagina

Claramente, pinta arco-íris em dias secos, cria a ilusão.

 

E na ilusão transforma porcos em pérolas

E no lodo vê um mar azul e uma praia de areias douradas

Regista num disco riscado, que encrava numa mesma faixa

Respira a névoa dos sonhos, bebe das suas palavras.

 

Claramente, acredita e segue pelo nevoeiro de uma mente turva

Gera o destino e as profecias, imortaliza a ilusão,

Congela o tempo e a evolução do espírito

Aguarda, certa da sua aspiração.

 

Existem momentos de vigília que nos despertam

E nesses engolimos os frutos do destino

A soma das acções passadas com as presentes

Resultado que diluí o verniz envelhecido.

 

Claramente, distinguimos a linha que se repete

A tendência de nos concentrarmos numa linha segura

Ainda que igualmente dura,

O resultado que já se conhece.

 

E quem não é real, não deve existir

Lição que se retira, preço que se paga

Destino que se desfaz, caminho sem retorno

Factura, ainda que liquidada, marca!

 

Claramente, no reerguer da fortaleza rejeito o mergulho

Na chama que arderia eterna,

Na imensidão do teu olhar

No abismo do teu nada!

 

De ti apenas teria os sonhos despidos

e o corpo profanado.

Claramente, cresci!

 

Publicado no Blog Broken Wings e no Blog da PEAPAZ

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terça-feira, março 15, 2011 - 15:16

Ministério da Poesia :

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Ema Moura

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