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Está tudo bem
A luz cintila sobre o muro branco
onde rosas morenas se espreguiçam.
O ar é pouco mais que uma intuição
que resbala na pele e cheira a pinhos.
A manhã está em paz. Vai tudo bem.
E entretanto, tu, tão desvalida,
tão pálida, tão suja de tormentas,
como se um vendaval feroz houvesse
demolido as ameias do teu pátio.
Há musgo húmido no teu cabelo,
nas tuas mãos se enredam folhas tristes
e peito adentro uiva uma matilha
a farejar os pontos cardeais
para cheirar colheitas incendiadas.
Trazes as unhas sujas de carvão
tal foi a sanha ao escavar a noite.
Nas tuas costas tens manchas de líquen
por haver-te deitado em tantas tumbas.
Acalma-te. Só há cheiro de pinhos,
alvorada serena, vida mansa,
os pintassilgos cantam nas ramagens.
Não há tornados destroçando bosques
nem incêndios na seara dos exilios.
A manhã está em paz consigo mesma.
Calma, Tania Alegria. Tudo bem.
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