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Eu sou tudo aquilo por onde me perco…

(Sou tudo aquilo por onde me perco)

Eu sou tudo aquilo por onde me perco,
Excepto aquele outro que não quero ser e sou,
Paisagens do que suponho eu ser real sonho
Ver na mente calcinada, imaginando d’screvo

Estações de carvão e lagos sem peixes dentro
Em vez de florestas de abetos verdes cinza,
Impérios do nada, paredes lisas e corredores
Para o vazio, assim sou eu e torno ao que sei ser

Defeito, eu e tudo aquilo por onde me perco.
Só há uma maneira de me separar do sonho,
É sonhar-me desperto, seja lá que isso for
Em vez de me inquietar com o que não desejo,

Uma flor, uma estrela, um fim do mundo
A cores, excepto aquele sonho curto em que sou
Outra pessoa, um ermo, uma brisa suave,
Uma outra passagem para o pensamento meu,

Fosse assim o céu, assim fosse eu
Afinal, pois se tudo por onde me perco
Sou, um olhar, o sonho de existir e a ilusão
Do que vejo sem haver,

Uma flor, uma estrela, um fim do mundo
A branco e preto, estações de carvão e lagos
Sem peixes por perto…

Jorge Santos(01/2018)
http://namastibetpoems.blogspot.com

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quinta-feira, fevereiro 8, 2018 - 09:24

Ministério da Poesia :

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Joel

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