CONCURSOS:
Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia? Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.
Meto os chinelos na beira da cama…
Meto os chinelos na beira da cama,
À cabeceira, o que acreditava, aos pés
A moldura do Cristo com a chama
No coração fixo e a silhueta
Que me espera na sombra do hall ,
De noite, enorme, maior do que eu
Pensava ela ser, ou pudesse ter
A sombra do vão, – do nada me chama,
Meto os chinelos na ponta da cama,
No lado oposto de tudo que lembrará
Ao mundo a minha estranha estória,
De tudo que não compreendi, nem disse
Por dizer, tudo o que leve a sombra,
A mão que deve-me levar da vida
Pra fora, da cabeceira para o vão
Alçapão, incerto vaso onde não tive,
Nem creio, entre o céu, o mundo
E o agora, meu limite tem cerca,
Meto os chinelos na lomba da cama,
Pois no hall o universo espera, pára,
Concebê-lo, eu consigo, mas entre
Mim e ele há um limite e tudo isto
Que é, existe entre ele e mim,
Sem ter de ser assim maior, o medo
Do que ele é na raiz da minha pele,
E no cabelo.
Joel Matos (01/2015)
http://joel-matos.blogspot.com
Submited by
Ministério da Poesia :
- Se logue para poder enviar comentários
- 614 leituras
Add comment
other contents of Joel
Tópico | Título | Respostas | Views | Last Post | Língua | |
---|---|---|---|---|---|---|
Poesia/Geral | Voltam não. | 0 | 1.710 | 02/05/2014 - 21:30 | Português | |
Poesia/Geral | Talvez o sonho do mar seja o meu pensamento. | 0 | 1.253 | 02/04/2014 - 18:11 | Português | |
Poesia/Geral | Inda que longe pareça. | 0 | 2.096 | 02/01/2014 - 10:13 | Português | |
Poesia/Geral | O dia em que decidi morrer. | 0 | 3.072 | 01/28/2014 - 19:18 | Português | |
Poesia/Geral | Curtos dedos | 0 | 1.628 | 01/27/2014 - 19:58 | Português | |
Poesia/Geral | Imprevisivel | 0 | 1.535 | 01/24/2014 - 11:03 | Português | |
Poesia/Geral | Noção de tudo ser menor que nada | 0 | 1.453 | 01/23/2014 - 18:14 | Português | |
Poesia/Geral | Estátuas de cal-viva. | 0 | 1.740 | 01/21/2014 - 17:52 | Português | |
Poesia/Geral | Poeta acerca | 0 | 2.058 | 01/14/2014 - 18:38 | Português | |
Poesia/Geral | O ruído da rua... | 3 | 1.209 | 12/04/2013 - 22:08 | Português | |
Poesia/Geral | Como um pensamento que te s'crevo... | 0 | 1.623 | 11/22/2013 - 17:27 | Português | |
Poesia/Geral | Daqui até ao fim é um pulo | 0 | 1.131 | 11/20/2013 - 16:48 | Português | |
Poesia/Geral | Às outras coisas que de mim conheço... | 0 | 1.398 | 11/20/2013 - 16:46 | Português | |
Poesia/Geral | Nem os olhos m'alembram... | 3 | 1.554 | 11/19/2013 - 18:14 | Português | |
Poesia/Geral | Diáfana Profissão... | 0 | 3.900 | 11/19/2013 - 16:47 | Português | |
Poesia/Geral | Não paro,não escolho e não leio... | 0 | 927 | 11/19/2013 - 16:46 | Português | |
Prosas/Outros | O regressO | 0 | 1.071 | 11/18/2013 - 11:09 | Português | |
Prosas/Outros | Mad'In China... | 0 | 2.288 | 11/18/2013 - 11:08 | Português | |
Poesia/Geral | Lágrimas de Pedra... | 0 | 1.533 | 11/18/2013 - 11:06 | Português | |
Poesia/Geral | Pleno de sonhos | 0 | 1.036 | 11/18/2013 - 11:04 | Português | |
Poesia/Geral | Deus,que é feito de ti... | 0 | 1.422 | 11/18/2013 - 11:03 | Português | |
Poesia/Geral | Sei que um demente não pode ser levado a sério... | 0 | 1.623 | 11/15/2013 - 16:51 | Português | |
Poesia/Geral | A casa dos sonhos | 0 | 1.292 | 11/15/2013 - 16:50 | Português | |
Poesia/Geral | E já nem certo estou do meu pensamento. | 0 | 960 | 11/15/2013 - 16:49 | Português | |
Poesia/Geral | Como se fosse do céu... seu dono | 0 | 1.394 | 11/13/2013 - 13:23 | Português |
Comentários
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
Nem creio, entre o céu, o mundo
Nem creio, entre o céu, o mundo