CONCURSOS:
Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia? Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.
A Rua ao meu lado ou O Valor do riso...
A Rua ao meu lado,
Estou num daqueles dias em que nunca tive futuro,
O valor do que fiz é o das coisas comuns, mau abrigo
Como envergar um abafo desabotoado e tentar
Sufocar o frio profundo, separado custo de franquia
Em outro qualquer artigo ou lote trazido duma amálgama
De ferro de imóveis peças que vergo como veias, revisto-
-Me do que aflige os outros, (mesmo os que têm fé)
Não por mérito, mas para justificar o que poderia
Ter sido eu se tivesse tido o futuro que nunca tive,
Se tivesse dito o que nunca disse, nem me adianta
Valor ao esforço, o que digo, sem a mais-valia é minha,
O caso da cal fresca sobre argamassa grossa, mal
Amassada, tosca, justaposta, assim é o meu riso,
De certa forma humano pelo que escuto, e por uma
Noção natural que é não ter futura vida, nem ser bem-
-Vindo qualquer fingidor atento ao fraco talento
Que eu tenha, asseguro que nunca senti a falta
Do futuro, a minha falha foi coabitar com o destino
Numa promiscuidade miserável, abrigo cancerígeno
Quanto a mim e eu sei, porque sinto o sonho morto,
O valor do riso é ouro e não o das coisas comuns,
Sem futuro nem raiz maior que zero, o peso da lua
É um mistério quanto o giz com que nua foi pintada,
Sinto o futuro desligado, como luz não tem na rua,
Ao meu lado, um bueiro sujo, mal-cheiroso, imundo.
Joel Matos 11/2019
Http://joel-matos.blogspot.com
Submited by
Ministério da Poesia :
- Se logue para poder enviar comentários
- 2026 leituras
Add comment
other contents of Joel
Tópico | Título | Respostas | Views | Last Post | Língua | |
---|---|---|---|---|---|---|
Poesia/Geral | Frases Partidas | 0 | 1.816 | 12/16/2010 - 22:53 | Português | |
Poesia/Geral | Na Pressa de Chegar | 0 | 2.648 | 12/16/2010 - 22:54 | Português | |
Poesia/Geral | farol | 0 | 1.980 | 12/16/2010 - 22:55 | Português | |
Poesia/Geral | A margem de Ti | 0 | 1.571 | 12/16/2010 - 22:57 | Português | |
Poesia/Geral | Elegia ao Silêncio | 0 | 2.134 | 12/16/2010 - 22:58 | Português | |
Poesia/Geral | sei o Motivo | 0 | 2.378 | 12/16/2010 - 22:59 | Português | |
Poesia/Geral | Tear | 0 | 2.177 | 12/16/2010 - 23:00 | Português | |
Poesia/Geral | O templo | 0 | 1.847 | 12/17/2010 - 00:15 | Português | |
Poesia/Geral | Ela ia e Ele vinha | 0 | 2.539 | 12/17/2010 - 00:17 | Português | |
Poesia/Geral | solidão | 0 | 1.743 | 12/17/2010 - 00:18 | Português | |
Poesia/Geral | Bebe da minha Alma | 2 | 1.823 | 12/17/2010 - 01:11 | Português | |
Poesia/Geral | Samarkand | 1 | 2.480 | 12/17/2010 - 19:32 | Português | |
Poesia/Geral | Flores Indizíveis | 1 | 1.237 | 12/18/2010 - 22:47 | Português | |
Poesia/Geral | Altos | 0 | 2.993 | 12/21/2010 - 11:12 | Português | |
Poesia/Geral | Há-de vento | 0 | 2.970 | 12/21/2010 - 11:21 | Português | |
Prosas/Fábula | Núria's Ring | 0 | 1.703 | 12/21/2010 - 22:50 | Português | |
Prosas/Contos | Horus | 0 | 1.632 | 12/21/2010 - 22:52 | Português | |
Prosas/Contos | Batel | 0 | 2.470 | 12/21/2010 - 22:53 | Português | |
Prosas/Outros | N2 | 0 | 2.058 | 12/21/2010 - 23:08 | Português | |
Prosas/Outros | o transhumante | 0 | 1.836 | 12/21/2010 - 23:11 | Português | |
Poesia/Geral | buracos de alfinetes | 2 | 2.729 | 12/22/2010 - 22:53 | Português | |
Poesia/Geral | Tenho saudades de quando ignorava que havia mundo… | 1 | 1.669 | 12/29/2010 - 22:26 | Português | |
Poesia/Geral | Príncipe Plebeu | 1 | 1.564 | 12/29/2010 - 22:29 | Português | |
Poesia/Gótico | Dò,Ré,Mi... | 1 | 1.136 | 12/30/2010 - 14:16 | Português | |
Poesia/Geral | Carta a uma poeta | 4 | 1.275 | 01/06/2011 - 15:00 | Português |
Comentários
Obrigado pela leitura e pelos momentos em que partilho
Obrigado pela leitura e pelos momentos em que partilho