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Tão natural como vim ao mundo
Um dia vou querer estar desse lado, pra puder ler,
Porque os que lêem têm olhos no ser e os que escrevem,
Apenas fingem ter, quero numa fase, deixar o sofrer
Que nem dor me deixa ter porque a receio, ela vem
Na menos valia dos meus tendões em peleio, sem guerra,
Quero encontrar clareiras desta maneira, longa de velha
Mandar pra outro mundo a tela que tem o princípio do eu,
Para que crie vazios na consciência, com’essa multidão alheia
E tola, todavia minha igual. Sou do tamanho da decepção divina
E um dia vou pegar dessa maneira pouco original
A vida e quando estiver de boa disposição vou apagar
Mormente o que mais temo nos outros, o próprio eu
Inútil, Vale esta negação que credito e a que me agarro
Sem conceber o modo, e como, preciso extraí-la
Do fundo de mim a ferro, mesmo sem o acordo do espirito,
Pois sendo, não é o poeta que o diz, sou eu apenas
Em mim dentro. Metendo o nariz onde me diz
Respeito e não, a vós-outros. Espanto-me com a noção
De consciência, quero-vos contar o que nunca contei,
Talvez por distracção ou esquecimento ou insegurança,
Não os distingo, contradigo-me e contrario-me consciente,
Tendo da realidade uma espécie de sonho meio,
Pois sei que um dia vou querer estar desse lado,
Pra me puder entender natural, como vim ao mundo.
Jorge Santos (10/2014)
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