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Vazio.
Separados desde o início,
Ainda anseio estar contigo.
Submersos em momentos de silêncio.
Mas foi o vazio quem me saudou, não tu.
Foi o vazio. O vazio todo.
Nada saciado. Nada cumprido.
Durmo sonos inquietos
onde não entram sonhos,
e sinto o meu corpo árido, em branco.
sozinho nesse vácuo.
O desconhecido em mim quer ver,
a dura realidade,
a minha paixão intocada,
que clara, busca ansiosa os teus olhos, mas,
encontra-os sempre vazios!
sempre o vazio, o vazio!
Sei agora o que é desespero.
Meu desespero indefeso e sujo,
aquele que nem te mostro,
que te escondo nestas palavras.
Para que não sintas o vazio das minhas lágrimas.
E o mais estranho é,
que o vazio nunca se some, desaparece,
morre!
O vazio não enche e tem fome,
de estar vivo.
Eu não to mostro, descansa!
Olhei em tempos, e vi um amor já saciado, eu vi-o,
mas não mais,
nunca mais um amor vazio.
Casimiro Teixeira
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