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À Lua

Parte I

Feito um lobo solitário a uivar

para a lua em mais uma noite fria

sou um poeta apaixonado a recitar

em segredo as minhas belas poesias.

 

Na escuridão da florestas sombria

eu vago sozinho e desamparado

sem saber se um dia eu serei amado

pela face qeu entre as nuvens sorria.


 

Parte II

Assim eu perdi uma noite a sonhar

com ela e seus delicados abraços.

Em possuí-la esplendorosa em meus braços...

Toda a beleza que existe no luar.

 

De volta a razão, agora descontente,

eu fico assistindo o dia amanhecer.

Nuvens se desmanchando lentamente

ao vento enaqunto o sol está a nascer...

 

Parte III

Incendeia-se o mar quando feito espelho

se iguala, em cor, ao céu agora vermelho...

Obervo as nuvens, silencioso e atento,

sendo aos poucos levadas pelo vento.

 

Surge então no horizonte o sol suntuoso

a tomar o céu sobre o vasto mar...

Mas nada faz o mar, também grandioso,

a cerca desse sol que oculta o luar...

 

Parte IV

Ainda branca mas sem o mesmo fulgor,

ela perdeu todo o seu esplendor

ao ser acobertada por um véu...

Como se ela fosse sumir no céu.

 

Passando pelo céu, em sua marcha impiedosa,

o sol feriu a beleza de pobres rosas.

Jurou então pra lua, com uma voz branda,

cobrir toda a terra com flores brancas.

 

Parte V

Junto ao sol que se põe o dia vai acabando...

Começo a colher então o lírios brancos

que o sol, antes de ir, à lua prometeu.

E lhes dou à lua pois quem a ama sou eu.

 

O crepúsculo... O desmanchar do véu...

Assisto o escurecer do azul do céu.

O retorno daquela que sorria

entre as nuvens: quem me inspira a poesia.

 

Parte VI

Para que eu comece a pensar nela

basta apenas que a noite venha a cair.

Penso em como ela pode ser tão bela,

se ela não cansa nunca de sorrir.

 

Observando-a do meu quarto ermo e frio

sempre me pergunto por qual razão

ela se encontra só na vastidão.

Por que estou aqui enquanto ela no sombrio?

 

Parte VII

Talvez eu pudesse me tornar um lobo,

ela finalmente iria me escutar...

Eu devo mesmo é estar ficando louco!

Por quais motivos iria ela me amar?

 

Mas e enquanto a mim? Louco, desvairado

por ela que se quer olha pra mim?

Por que eu tenho que viver assim,

justo por essa infâme apaixonado?

 

Parte VIII

Um dia eu descubro as razões pelas quais

solitária, ela ainda vive a sorrir.

Atrás daquelas nuvens há algo mais...

Sei que um dia eu ainda vou descobrir...

 

Deve existir alguma boa razão

pra ela estar sozinha na escuridão...

Se sinto ciúmes dela? Eu sinto sim!

Ainda que eu nunca a tenha pra mim...

 

Parte IX

Algo na minha solidão me diz

que não devo nunca mais pensar nela.

Que ela só irá me fazer infeliz

mesmo que o faça apenas por ser bela.

 

Sem ela não existe feleicidade

nem motivos para querer viver.

É ela quem eu quero de verdade.

Por ela eu seria capaz de morrer!

 

Parte X

Todas as noites tenho procurado

por ela. Até que parei para pensar:

"Se eu conseguir algum dia a encontar,

"será no que estarei mais desvairado."

 

Quanto tempo deverá ter passado

enquanto estive a procurar por ela?

A sonhar com o rosto da mais bela

quando ela se encontrou sempre ao meu lado?...


 

-Adolfo J. de Lima
 

Submited by

terça-feira, maio 17, 2011 - 00:18

Poesia :

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