Pássaros de perfume II.I

Se pairasse em minha janela, passarinho,

Humilde eu lhe pediria para me ensinar

Esta singela arte que é a bela arte de voar

De um lado a outro sem nunca errar o caminho

Para que eu pudesse os ares todos cruzar

Até os braços de quem pensa em mim com carinho;

Ao colo daquela que me acolhe como um ninho;

Aos beijos dela que confidencia me amar...

Feito enche de tristeza o teu bonito canto

As frias grades construídas para te prender

É a distância que me separe do meu amor.

E só, me encanto com meu próprio desencanto

Trancado no meu quarto a amá-la e a escrever

Feito um beijo-flor infeliz sem a sua flor...

^{01 de setembro de 2011 – 14h 45min}