Às Vezes

Às vezes não apetece chorar sobre o Passado?
A mim apetece...
E transporto os olhos de infância roubada para este rosto mais velho...
As lágrimas,essas,são renovadas,mas com o mesmo sentimento de sempre,como se fosse congénito e orgânico.
Já nem peço os sonhos que neste presente vejo ceifados,enterrem também o que me ceifaram sem pensar...
Sem pensar...
Ajo sem pensar,às vezes,ajo sem pensar,às vezes...
E no presente ,às vezes activo a máquina do tempo que me ocupa os hemisférios
E viajo até memórias mais distantes
Sempre quis ser o dono do mundo,agora entendo...
Tinham-mo prometido antes...
Ontem passeavam comigo em parques,hoje neles me refundo
Tento ver o horizonte,já mo indicaram no passado apontando para o céu ,
Hoje não o encontro,cobre-se com fumo
Tou intoxicado,consequência daquelas vezes em que não penso
Intoxicam-me diariamente,pouco importa.
Às vezes sou fraco,às vezes
Nada a acrescentar,é só mesmo às vezes...
Sou fraco por ti,multi-direccional numa só figura
Vejo-te como fraca,enfraqueço,fraquejo
Hoje queria ser eu a prometer-te o mundo e a reconfortar-te com um beijo
Então sorrio sem dele ser digno
Porque aprendi a valoriza-lo quando o recebia contigo
Um dia talvez eu continue a viagem
Nesta máquina do tempo que visualizo e volto atrás para ler,mas tenho medo de mudar a página
Vou escrever algo que amanhã me lembre que hoje também foi passado
Vou escrever que às vezes me lembro que a página pode acabar bem,se pensar um bocado...
Às vezes...