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águas mortas

vagueio por partidas e chegadas
em viagem solitária e incerta
corpo perdido e alma descoberta
errantes como brisas desmaiadas

encontro portos secos sem amantes
com barcos atracados por instinto
dos capitães cegos, delirantes
levados por correntes-labirinto

nuno guimarães
www.minha-gaveta.blogspot.com

sou marinheiro oculto em velas rotas
movidas por um vento-nevoeiro
que cobre o oceano traiçoeiro
fazendo afundar almas vividas
(outrora criaturas destemidas
agora sufocadas em águas mortas)

fantasmas de navios que apodrecem
carregados de tesouros já sonhados
destroços de desejos, aos bocados
levados por marés que amanhecem
quando tocam, quando molham, quando sentem
os meus olhos ainda acordados

Submited by

quinta-feira, janeiro 7, 2010 - 01:13

Poesia :

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NunoG

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Título: Membro
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Comentários

imagem de Susan

Re: águas mortas

Muito bom gostei!
Beijos Susan

imagem de Anita

Re: águas mortas

Deverias tu aproveitar mais as metáforas que pode criar, esta é um exemplo de encanto e esmero:quando tocam, quando molham, quando sentem
os meus olhos ainda acordados.

Congratulações, Anita

imagem de RobertoEstevesdaFonseca

Re: águas mortas

Parabéns pelo belo poema.

Gostei.

Um abraço,
REF

imagem de MarneDulinski

Re: águas mortas

UM BELO POEMA, GOSTEI!
Meus parabéns,
Marne

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