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“Onde teus olhos tropeiam”
Das biqueiras ao cabeludo
Até ao botão da camisa;
No punho, brinco cabeçudo
Envergando cor de Entrudo
Em tintas, voz que o diga…
Nem ida pode chegar:
Túmido, olho castiga;
Intumescido olhar,
Abrolho, gema raiar
Vestido douto, mendiga…
Caminha sola puída;
Rosto lambido, afeitado:
Rompe o carreiro da vida
No sapato engraxado…
Ali caiem com mil olhos;
Onde tropeça o olhar;
Uns meios, atam-se a molhos,
Outros tantos podem chegar…
Dentro da comichão, saudade
Açoite imberbe repuxa;
Termo tento, embruxa
Sombreada de vontade…
Estrela rota combate
Desmaia na madrugada:
Donde o escuro rebate
Cantigas de prata varada…
Assim os olhos tropeçam
Num encanto de embalar;
Novas gargantas conheçam
Tropeços por emalar…
Torneadas sobre a cintura
Quedas fundas de rimar
Larga lontra veste madura
Cai de podre sem reclamar…
Cravo não, que se entorta
Faria, longo paladar
Curta maneia, fecha porta
Rosa sim, Faz-me chorar.
Posso dizer que a rima não queria acabar; como sempre: Sou louco mas não sou pouco.
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Comentários
Re: “Onde teus olhos tropeiam”
Nem ida pode chegar:
Túmido, olho castiga;
Intumescido olhar,
Abrolho, gema raiar
Vestido douto, mendiga…
Um poema que ao ler devora a escuridão!!!
:-)
Re: “Onde teus olhos tropeiam”
É isto a que eu chamo um poema maduro: Espectacular. Parabéns António Duarte.
Re: “Onde teus olhos tropeiam”
Li e reli...
De uma força avassaladora e contagiangte.
O poeta,grita e brada, de punho cerrado, no insondável de nós.
Um poema brutal, de força contra a indiferença, contra a clemência dos juizos de nós.
Soberbo!
Elucido:
Torneadas sobre a cintura
Quedas fundas de rimar
Larga lontra veste madura
Cai de podre sem reclamar…
Re: “Onde teus olhos tropeiam”
lindo e forte poema.gostei. parabens