As 1001 noites sem ti

Num tom de luz,
Em pálida parede,
Morro de sede de um gota da tua presença...

Estou engelhado e enxuto
De não me banhar no teu lago de prazer,
Estou desamparado num deserto árido, seco,
Sem saber o que fazer...

As miragens chegam em silhuetas do teu corpo,
E danças num oasis onde eu não te posso tocar,
Dá-me de beber, uma gota tua para viver,
Para eu continuar...

Atravesso as dunas da solidão,
Enfrento os perigos de tempestades de carência,
E toda esta experiência não quero repetir,
Preciso do teu elixir para matar a secura,
Que perdura e perdura e me mata aos poucos aqui,
No meu quarto vazio de 1001 noites sem ti...